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Vituriano anuncia rompimento com Jeová e se lança candidato a Deputado Estadual

Conhecido pelo seu forte temperamento, Vituriano já sinalizava para um possível rompimento político com o deputado estadual Jeová Campos, de quem era aliado.

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02/04/2009 às 22h02

O previsível aconteceu muito antes do que se esperava. Na noite desta quinta-feira (02) o ex-deputado Antonio Vituriano de Abreu pai do prefeito de Cajazeiras, Leonides Abreu, declarou sua insatisfação com as nomeações dos cargos estaduais na região de Cajazeiras.

Vituriano que já é conhecido pelo seu forte temperamento, já sinalizava para um possível rompimento político com o deputado estadual Jeová Campos, de quem era aliado. A verdade é que os dois políticos se suportavam por força da conjuntura política.

Como tudo começou
A aliança começou em 2002,  quando Jeová se lançou candidato a deputado federal enquanto que Vituriano disputou a Assembléia, tentando uma reeleição já que foi eleito deputado em 1998 pelo PPB, com 14.136 votos. Ambos saíram derrotados nas urnas.

União
Os anos passaram e os dois lideres políticos permaneceram juntos, nas eleições de 2004, Jeová Campos apoiou o médico Léo Abreu na sua primeira disputa municipal contra Carlos Antonio que era candidato a reeleição, quando mais uma vez o grupo foi derrotado. Em 2006 Jeová lançou-se candidato a deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores, foi ai onde a aliança começou a se estremecer. Segundo se comenta, Vituriano teria pedido certa quantia em dinheiro para apoiar Jeová, o que teria causado revolta no até então candidato, que mesmo assim buscou um entendimento com o Leão, chegando a um concenso e logrando êxito no pleito disputado. Em 2008, Jeová coordenou a campanha eleitoral vitoriosa do atual prefeito Léo Abreu, chegando a ser o fiel da balança para a quebra da hegemonia do grupo do então prefeito Carlos Antonio.

Depois das Eleições
Passada as eleições o grupo permaneceu unido e coeso, buscando a manutenção da aliança para as eleições 2010. O deputado Jeová lançou pré-candidato a deputado federal, enquanto que Vituriano anunciava sua pré-candidatura à assembléia. A aliança mais uma vez veio a ser abalada quando Jeová lançou o nome do radialista e advogado Adjamilton Pereira como pré-candidato a deputado estadual pelo grupo, contrariando os interesses de Vituriano que soltou o verbo em entrevista a imprensa e disse:" pra ser político tem que ter voto, a fila é longa e tem muita gente a frente de Adjamilton". Estas afirmações inflamaram ainda mais os ânimos.

Primeiro Moído
Nas comemorações do Dia Internacional da mulher, o ex-deputado Vituriano de Abreu, roubou a cena ao afirmar que “Cajazeiras só tem dois candidatos natos a deputado estadual, José Aldemir e Vituriano de Abreu, o resto é só conversa”, o leão também afirmou que "Cajazeiras precisava de um representante na Câmara Federal para representar a região que é carente de bons nomes", não citando o nome de Jeová que já havia anunciado sua pré-candidatura.

Segundo Moído
Com a cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima, o clima voltou a ficar acirrado entre os aliados. A divisão dos cargos estaduais teria provocado muitos desabores entre Vituriano e Jeová, até que na ultima semana a diretora da 9ª Regional de Educação, a professora Eclivaneide Caldas de Abreu, que havia sido indicada pelo deputado Jeová, renunciou a direção alegando "alta complexidade". Comenta-se que a renuncia da professora teria sido uma determinação do ex-deputado Vituriano, de quem Eclivaneide é aliada política há vários anos. Na manhã desta quinta-feira (02) o deputado Jeová Campos oficializou o nome do Padre Francivaldo do Nascimento Albuquerque para a gerencia da 9ª Regional de Ensino, fato que pelo que se observa teria sido o pingo dágua para o rompimento anunciado.

Recado
Vituriano mandou um recado para o governador Maranhão afirmando "não existe mais interlocutor em meus pleitos, se o governador quiser meu apoio que venha a mim e não coloque Jeová para ser intermediado, pois se Jeová pudesse ele tiraria até o nome do meu registro". Frisou.

O fato é que este rompimento trará novos desdobramentos na política sertaneja, com possibilidades de alianças já mais previstas que poderão refletir não só nas eleições 2010, como na próximas eleições municipais em 2012.

Da Redação do Diário do Sertão

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