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Ex-prefeito de Cajazeiras se pronuncia após ter nome citado na Operação Andaime por suposta integração a organização criminosa; “Estou tranquilo e à disposição da Justiça”

Na nota o ex-gestor criticou a publicidade da investigação, que segundo o ex-gestor deveria correr em segredo de Justiça.

Por Diário do Sertão

05/03/2017 às 13h10 • atualizado em 05/03/2017 às 20h54

Léo Abreu, ex-prefeito da cidade de Cajazeiras, na Paraíba

Após a publicação das investigações da nova fase da Operação Andaime pelo Ministério Público Federal, ocorrida nessa sexta-feira (3), o ex-prefeito de Cajazeiras, Leonid Abreu (Léo) emitiu nota se pronunciando sobre o fato.

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Léo é citado na operação, no período de pouco mais de dois anos que ficou a frente do governo municipal de Cajazeiras.

Na nota ele criticou a publicidade da investigação, que segundo o ex-gestor deveria correr em segredo de Justiça, mas ao mesmo tempo se disse “tranquilo”.

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Veja na íntegra
O Ministério Público Federal, por ocasião da operação andaime, incluiu meu nome nas investigações que apuram um suposto esquema envolvendo crimes em licitações e obras, tanto em Cajazeiras, quanto na região. Na estrutura hierárquica desse grupo, segundo o colaborador Justino, estariam, no topo, o ex-prefeito Carlos Antônio (meu principal e maior adversário quando estava na política), seguido imediatamente do empresário Mário Messias (o candidato que concorreu contra mim nas eleições de 2008).
Só até aqui já dá pra compreender a total e irrestrita falta de lógica de eu participar de algum “esquema” junto aos meus inimigos políticos.

Duas situações, contudo, ligam-me indiretamente à investigação, e tem a ver com dois outros investigados, imediatamente inferiores à “cadeia hierárquica” da andaime. A primeira diz respeito ao engenheiro Márcio Braga. Funcionário concursado da prefeitura e que, à época, acompanhava convênios de execução de obras da prefeitura. Quando assumi em 2009, havia um convênio em andamento, desde a gestação anterior (de Carlos Antônio), entre município e o ministério das cidades. Fora encontrado (até onde tive conhecimento) uma minuta não assinada de um ofício, indicando um outro engenheiro investigado a participar de uma reunião na GIDUR (setor de obras da caixa em João Pessoa), representando a prefeitura. Ora, o senhor Márcio, segundo o MPF, era responsável por esse acompanhamento e fora diversas vezes à caixa. Não tinha eu, naquele momento, nenhuma razão de desconfiar da conduta desse cidadão. Como também não tenho, atualmente, nenhuma autoridade de juízo de valor para com o mesmo. Não há qualquer documento meu assinado.

“A segunda diz respeito ao senhor Afrânio (empresário no ramo de construção). Este me procurou no início da gestão dizendo se responsável pela execução do referido convênio. Orientando me a procurar a caixa para verificar a regularidade da execução e dar continuidade. Fiz isso e fui informado na GIDUR de que estaria tudo certo. Era um convênio de alguns milhões de reais para pavimentação de diversas ruas. E o convênio seguiu. Não poderia deixar de dar continuidade a um convenio que beneficiaria a Cidade em umas das áreas mais carentes que é a pavimentação de ruas, já que tinha o aval dos órgãos conveniados, ou seja, a própria caixa econômica federal. Também aqui cabe a minha isenção em juízo de valor para com o Senhor Afrânio.

A obrigação da investigação por parte dos órgãos fiscalizadores é justo e necessário. Não me incomoda em absolutamente nada. Quanto à imprensa, ela deve ser livre e dar informações atualizadas sobre todos os fatos. O que não dá pra compreender e aceitar é a forma como é veiculada a notícia, emitindo opinião em matéria penal (COM DOSIMETRIA DA PENA E CONDENAÇÃO JUDICIAL). Já definindo prováveis e possíveis penas, em termos de anos e crimes. E ainda não havendo ação propriamente, apenas investigação. E se/quando houver RECEBIMENTO DA DENÚNCIA, é necessário o juiz notificar as partes para uma primeira argumentação e, só a partir daí, aceitar ou não. Há um trâmite processual que oportunizará provar a minha inocência.

Tudo que aqui narrei disse ao MPF. E será o que vou dizer em juízo se/ quando for chamado.
Não posso aceitar é a antecipação pública de informações que deveriam correr em segredo de justiça e expor pessoas da família que sofrem de problemas de saúde a preocupações e temores para comigo. Estou tranquilo e à disposição da justiça.

DIÁRIO DO SERTÃO com Assessoria

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