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Radomécio Leite

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Liberdade de imprensa

28/09/2010 às 11h55

O mais alto dignitário do País está furioso com a imprensa e tem feito ataques sucessivos na tentativa de desqualificar as denúncias sobre as maracutaias que estão sendo descobertas nos intestinos do poder e que tem provocado demissões de pessoas que trabalhavam bem próximas de seu gabinete.

Esta escalada raivosa do presidente Lula contra a imprensa fez com que juristas fizessem um Manifesto em Defesa da Democracia e o lançasse no último dia 22, nas célebres Arcadas do Largo de São Francisco, em São Paulo, que já foi palco, há 33 anos, da leitura da Carta aos Brasileiros, contra a tirania dos generais, lida pelo jurista Goffredo da Silva Telles.
Uma parte dos pensadores do mundo jurídico e acadêmico do País, além do endosso ao protesto, chamou Lula de fascista, caudilho, autoritário, opressor e violador da Constituição. O presidente foi comparado, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a Benito Mussolini, ditador da Itália nos anos 30.

O Manifesto em Defesa da Democracia, redigido em 43 linhas tem entre seus signatários juristas, cientistas políticos, historiadores, embaixadores e membros da classe artística e da Igreja.

Hélio Bicudo, fundador do PT, do alto do púlpito da praça, ornado com duas bandeiras do Brasil, disse: “Na certeza da impunidade (Lula), já não se preocupa mais nem mesmo em valorizar a honestidade”. Disse ainda: “É constrangedor que o presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas 24 horas do dia”.

O ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, declarou: “As atitudes de Lula são de um fascista, do verdadeiro autoritarismo. É preciso defender a democracia a qualquer preço”. E foi mais além: “o País vive um processo de autoritarismo crescente, um caudilhismo que se impõe assustadoramente e a imprensa está sendo atacada de forma inadmissível como se partido fosse”. “O presidente ofende a democracia quando ofende a imprensa por exercer missão que o Estado deveria exercer: investigar e combater a corrupção”.

Roberto Freire, presidente do PPS, disse: “Lula perdeu a compostura ao propor que extirpem partido de oposição e ao atacar a imprensa. Mussolini e os camisas pretas agiram assim”.

Hélio Bicudo: “não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos. Ele pode ter opinião, mas não pode fazer uso da máquina”.

Miguel Reale Jr., ex-ministro da Justiça: “Lula age como um fascista. Golpismo é tentar calar a imprensa. Temos de nos arregimentar pela preservação dos princípios democráticos”. “O que ele fará lá na frente se agora quer jogar para debaixo do tapete toda a corrupção em seu governo para ganhar a eleição?” A imprensa não pode mais revelar a verdade? Há uma campanha indiscriminada contra todos os órgãos de imprensa. O presidente não poder insuflar o País, quem é a favor do PT é a favor do povo. Descumpre ordem da harmonia social, divide o País. “É uma grande irresponsabilidade, algo muito grave”.

Felizmente este manifesto em defesa da democracia poderá ser um embrião de um movimento da cidadania contra a liberdade de imprensa que o presidente Lula, que acha que pode tudo, que manda e desmanda, que casa e batiza, poderá entender, com esta reação, que ele não é dono do mundo.

Eugênio Pacelli
A morte do professor Pacelli, companheiro das páginas do GAZETA, nos deixa com a sensação de uma perda irreparável. Suas crônicas, no Caderno C, tinham uma legião de leitores. Deixou uma grande quantidade de amigos. Vai nos fazer falta e os projetos que sonhávamos juntos para o GAZETA, estão sendo adiados. Para a sua filha Maya quero deixar registrado para a História o imenso amor que ele dedicava a você e tenha a mais absoluta crença que ele era gente muito boa e um cidadão que você pode ter certeza será sempre motivo de orgulho e jamais sinta vergonha de dizer que ele é o seu pai.
 

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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