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José Antonio

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Números preocupantes sobre a educação brasileira

06/04/2017 às 17h22 • atualizado em 06/04/2017 às 17h23

É alarmante o número de crianças e jovens brasileiros que se encontram fora dos bancos escolares no nosso país.

A ONG (organização não governamental) Todos pela Educação fez um levantamento com base nos resultados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicilio) e descarna um cenário muito preocupante entre as crianças e jovens brasileiros que se encontram fora dos bancos escolares no nosso país.

A pesquisa nos mostra que entre 15 e 17 anos são 62%, o que representa 1.5483.713 e é exatamente nesta faixa etária que eles deveriam estar cursando o ensino médio.

Os especialistas em educação afirmam que é no ensino médio que o jovem escolhe o seu futuro e ao concluí-lo ele deverá enfrentar os desafios: seja ingressando no mercado de trabalho ou seguindo para a universidade.

Outro dado relevante é que, em números absolutos, o Brasil tem hoje 2.486.245 de crianças e jovens, entre 4 e 17 anos, fora da escola, distribuídos entre 4 e 5 anos 521.940 (21%) e entre 6 e 14 anos 429.592 (17%) e o restante entre 15 e 17 anos (62%).

O que levam tantos jovens a se afastarem da escola? Muitos analistas acham que um dos fatores é a reprovação, principalmente no ensino médio; outra causa está relacionada a qualidade do ensino que levaria o jovem a ficar desmotivado e também de ver que a escola não estaria contribuindo de fato para o seu futuro.

Por outro lado houve um avanço considerável no índice de crianças de 4 a 5 anos matriculadas na escola: a taxa que era de 72,5% em 2005, passou para 90,5% em 2015. Este aumento considerável, segundo os especialistas “vem de políticas de universalização do acesso ao ensino, adotadas na década de 1990 e no inicio dos anos 2000 para solucionar um problema generalizado de falta de vagas nas escolas”.

O Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) é considerado como a mais famosa e importante política pública voltada para o ensino no Brasil.

Infelizmente ainda não se encontrou uma política para levar estas melhorias para as outras etapas do ensino, como no fundamental II (do 6º ao 9º ano) e principalmente para o médio. Não podemos afirmar ainda se com a recente reforma do Ensino Médio atingiremos estas melhorias.

Vale salientar que nos dias atuais não existe mais problemas de vagas, aqui na nossa região, por exemplo, têm faltado alunos para preencher as vagas existentes nas escolas de ensino médio, que têm diminuído consideravelmente o número de ingressantes e em Cajazeiras, um fato grave que vem acontecendo é a da queda enorme de alunos matriculados na rede pública municipal e na estadual para o ensino fundamental na última década.

Este fato foi também comprovado pelo Pnad quando ele indica que o índice de crianças de 6 a 14 anos matriculados na escola pouco variou nos dez anos: passou de 96,7% em 2005, para 98,5%, em 2015. Em números absolutos chegou a acontecer uma redução de 29.758.011, em 2005, para 27.460.209, em 2015.

Outros destaques do levantamento feito pela Ong Todos pela Educação:

Somente 58,5% dos jovens de até 19 anos concluem o ensino médio.

De 2005 a 2015, a taxa de jovens que não estudam nem trabalham aumentou entre aqueles que não concluíram o ensino fundamental até a faixa de 16 anos e também entre os que não concluíram o ensino médio.

Na faixa de 10 a 17 anos, embora representem menos da metade do total de crianças e jovens fora da escola (44,6%), as meninas são a maioria entre o grupo que não estuda nem trabalha (54,4%) e dentre as meninas dessa faixa etária que deixaram de freqüentar a sala de aula, 31,1% já têm filhos.

No grupo de meninas 10 a 17 anos que já têm filhos, 57,2% não trabalham e nem estudam, somente 28,6% apenas estuda e 11,1% apenas trabalham.

Uma matéria publicada esta semana no jornal A União, escrita por Huska Cavalcante Lucas Campos, fundamentada em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2015, divulgados pelo IBGE, indicam que 75% das crianças estão fora de creches ou escolas na Paraíba.

Em Cajazeiras, segundo dados não oficiais, existe mais de 80% de crianças sem atendimentos em creches e os 20% são distribuídas em quatro unidades: Bairro dos Remédios, Vila Nova, Remédios e Distrito de Engenheiro Ávidos. Precisamos de mais unidades.

É uma triste realidade saber que, segundo pesquisas, a maioria dos alunos brasileiros não sabe fazer conta nem entende o que lê.

Quando chegaremos lá? É difícil prever.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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