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Geraldo Wilson

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Questão de ordem – Efeitos

13/02/2014 às 22h37

Efeitos
Uma equipe de servidores do DNIT já vistoriou as obras inacabadas da BR 434, rodovia que liga a cidade de Uiraúna, PB, ao Estado do Ceará passando e beneficiando os municípios de Joca Claudino, Bernardino Batista e Poço Dantas. A visita se deu em resposta a manifestação de gente dessas quatro cidades no último dia 10 de fevereiro. A promessa agora é de acelerar a retomada dos serviços, que estão paralisados a mais de um ano. A organização do movimento comemora os seus resultados práticos. Pe. Mendes e os prefeitos, Dedé Cândido de Poço Dantas, Gervásio Gomes de Bernardino Batista, Lucrécia Adriano de Joca Claudino e Dr. Bosco Fernandes foram os articuladores da iniciativa.

Rosto bonito
As declarações raivosas e extemporâneas da vereadora Raissa Lacerda sobre a atuação do governador Ricardo Coutinho não só constrangeu seu pai, Zé Lacerda, que pediu demissão do cargo que exercia no governo, mas causou espanto em muitos políticos paraibanos. Dentre tantas declarações questionáveis, uma chama atenção destacada. “A Paraíba precisa de um rosto bonito”. Uma fala com esse apelo merece uma avaliação bem consistente. Afinal de contas o que queremos e devemos ter no comando da gestão pública do Estado da Paraíba é um cidadão comprometido com a responsabilidade administrativa ou um galã de televisão? Isso é algo que se assemelha ao ridículo.

Por um fio
Está mesmo ameaçada a relação de apoio político entre o prefeito de São João do Rio do Peixe, Aírton Pires e o governador Ricardo Coutinho. Pelas últimas declarações do prefeito a situação é insustentável e a gota d’água vem sendo a demissão de aliados políticos de cargos comissionados no Município. Nos bastidores, de tanto segregar e interferir por esse desfecho, que é bom prá ele, o deputado José Aldemir consegue afastar os dois. Se esse fato se concretizar São João vai perder de ganhar obras e serviços que já haviam sido sinalizados pelo governador. Nesse lado cruel da politicagem, os mais fracos acabam por saírem perdendo mais. Tomara que bombeiros apague o fogo que queima entre os dois líderes.

Panos quentes 
As ameaças de rompimento entre RC e Cássio tiveram um momento de serenidade e equilíbrio essa semana. O tio do senador, empresário Renato Cunha Lima, que tem trânsito livre nos corredores palacianos, declarou que deseja e continua a trabalhar pela manutenção da aliança vitoriosa de 2010. Para Renato Cunha Lima o acordo do PSB e PSDB deve ser preservado, considerando a ausência de motivos que o desabone. Uma declaração com esse viés e vindo de quem partiu deve ter algum sentido. A verdade é que muita água vai rolar debaixo da ponte até uma decisão final desse imbróglio. Haja Lexotan.

Agendado
Ainda sem sair do assunto, Cássio X RC, o presidente do PSDB, Deputado Federal Ruy Carneiro acaba de informar que a legenda deve se reunir no próximo dia 22, oportunidade em que deverá deliberar sobre como vai realizar a consulta sobre que posição tomar. Ruy ainda defendeu que todos os integrantes do PSDB ocupantes de cargos no Governo do Estado se afastem de suas pastas. Difícil é fazer com que esses beneficiados cassistas abandonem a boquinha. Para fechar, Cássio depois do vendaval de declarações da vereadora Raissa Lacerda telefonou para RC e se solidarizou com o governador desaprovando o comportamento da vereadora.  

Protocolados
A prefeita de Joca Claudino já despachou os projetos que constaram da pauta de audiência com o governador Ricardo Coutinho. O protocolo de um desses pleitos já foi feito junto ao Pacto do Desenvolvimento e se refere a construção de um auditório para o CRAS na zona urbana do Município. O valor do convênio está orçado em 280 mil reais e outras demandas estão sendo preparadas. É o sinal prático da aliança que foi celebrada com vistas ao apoio político eleitoral da eleição de outubro. O povo de Joca Claudino agradece a parceria.

Cenários
Já correm informações da possibilidade de duas chapas majoritárias ao se confirmar a aliança RC e Cássio. Num primeiro cenário, RC governador, Ruy Carneiro, Vice e Rômulo, Senador. Essa montagem seria do aceite do governador. Num segundo cenário, ficaria assim, RC governador, Ruy Carneiro, Vice e Ronaldinho Cunha Lima, Senador. Nessa condição Rômulo ficaria fora da majoritária, fato esse que desagradaria o governador. A não ser, que para o acordo não sofrer outras dificuldades de formatação, o atual vice-governador, Rômulo Gouveia topasse ser candidato a deputado federal. Aí a calmaria tomaria conta das hostes situacionistas e a oposição iria remar contra essa maré forte. 

Incógnitas
Os vereadores de algumas Câmaras Municipais do sertão ainda não fizeram eleições de suas mesas diretoras para o biênio 2015/2016. Os arranjos e as negociações políticas parecem apresentar dificuldades de entendimentos nestes municípios, o que tem postergado suas decisões. Quem não sabe que o assunto ferve nos bastidores da disputa em Cajazeiras. Como não imaginar que em Uiraúna, Santa Helena, Poço de José de Moura, Cachoeira dos índios, Bonito de Santa Fé os ânimos não estejam exaltados e as conjecturas se projetem a cada momento. O fato é que o assunto é recorrente e demanda muitas conversações entre vereadores e prefeitos municipais, todos interessados diretamente por um desfecho favorável. No frigir dos ovos, bom mesmo e menos estressante são as Câmaras que já definiram essa situação, pelo menos tem algo a menos com que se preocupar. 

Calor da emoção
Não há dúvidas que o ex-vice governador da Paraíba, José Lacerda Neto tomou a decisão de deixar o cargo que exercia no governo de RC no momento da emoção, principalmente porque a pessoa envolvida na polêmica era a sua filha. Serenado os ânimos, passada a ressaca e exaltações chegou a hora da verdade e o somatório das opiniões e conselhos equilibrados, o velho e cacique piranhense engatou a marcha ré e reassumiu o cargo de Secretário de Articulação Política do Estado. Para essa reviravolta contou muito as ponderações do próprio Ricardo Coutinho, que insistiu em continuar com o seu apoio, amizade e desempenho na sua gestão. Então tá.

Picaretas
No final da década de 90, o então deputado federal Luis Inácio Lula da Silva disse certa vez que o congresso nacional tinha uns 300 picaretas. Referia-se ele a parlamentares fisiologistas e que não respeitavam o mandato que exerciam. Depois de tantos tempos será que essa afirmação de Lula ainda pode ser enquadrada nos dias de hoje? Explica-se: na sessão desta quarta-feira, 12, a Câmara cassou por 467 votos o mandato do presidiário Natam Donandon. O fato é que no dia 28 de agosto passado esse mesmo deputado foi a julgamento pelos mesmos deputados e o placar não passou de 250 votos contra sua cassação, que não conseguiram tirar seu mandato. Agora com o voto aberto, todos eles votaram contra o condenado. Nenhum deputado que votou contra a cassação na outra votação teve coragem de apoiar Donandon na votação de ontem.  Pense numa situação de vexame e vergonha escancaradas que esses deputados protagonizaram. Acho que nessa situação, talvez coubesse o termo picaretas empregado por Lula num passado não tão distante.

Geraldo Wilson

Geraldo Wilson

Jornalista DRT – PB 1.020, Vereador – Poço de José de Moura – Paraíba, Produtor e apresentador do Programa Questão de Ordem na Rádio Alto Piranhas – Cajazeiras – Paraíba, todos os sábados a partir do meio dia.

Contato: [email protected]

Geraldo Wilson

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Jornalista DRT – PB 1.020, Vereador – Poço de José de Moura – Paraíba, Produtor e apresentador do Programa Questão de Ordem na Rádio Alto Piranhas – Cajazeiras – Paraíba, todos os sábados a partir do meio dia.

Contato: [email protected]

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