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José Antonio

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Teresinha Emídio: símbolo de amor

26/03/2021 às 20h58 • atualizado em 26/03/2021 às 21h03

Teresinha Emídio: símbolo de amor

Por José Antônio

“E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder… pra me encontrar…”

Maria Teresinha Fernandes de Sousa, conhecida por Teresinha Emídio partiu para a eternidade, neste 24 de março de 2021. No próximo dia 27 de outubro completaria 90 anos de vida. A festa para este dia que estava sendo preparada vai ser comemorada em nossos corações.

O que falar de uma mulher que viveu quase noventa anos, destes 73 vividos com muito amor, paixão, resignação, perdão e grande entendimento ao lado do grande amor da sua vida: Chico Emídio, que está na casa dos 93 anos de vida, lúcido e profundamente triste com a partida da mulher de seus encantos, sonhos e que lhe deu oito filhos?

Mulher destemida, guerreira que encarou as tempestades com bravura e lutou com garra para construir a família de seus sonhos. E que bela família!

Os olhos e o coração dela sempre foram refúgios para as confissões de seus filhos e netos, que em silêncio guardava as dores e explodia ao mundo as felicidades vividas por eles.

Observava em Teresinha a perfeição da felicidade, do amor e da sabedoria. Absorvia e se encantava com as alegrias simples da vida. Eis o seu segredo.

Dela vamos ficar famintos de seu encantador sorriso, de suas benditas mãos, cheias de alimentos para o corpo e do abrasador calor do abraço que afaga e acaricia.

Com seus belos olhos de oiro sempre me vestia de alegrias, e ao longo de cinquenta anos de convivência, nem os ventos mais fortes, dos que levantam a poeira e põem por terra árvores gigantes, conseguiam abalar a nossa amizade, nem embaçaram nossas imagens e nem a admiração que um tinha pelo outro.

Sempre a tive como um porto seguro, que me transmitia paz e segurança e estar ao lado dela era sempre motivo de muita alegria e prazer.

Percorro na minha memória os seus grandes momentos de felicidades, quão eram belos e extasiantes, mas vi também seus momentos de dores dilacerantes, talvez maiores do que as de seus oito partos, quando teve de caminhar pelas alamedas da eternidade para sepultar dois de seus amados filhos, mas como uma mulher de uma fé inquebrantável, encontrou o refúgio no conforto da oração.

Para mim não existia alegria maior do que receber a sua benção, já que era minha madrinha de fogueira, batismo feito numa bela noite enluarada, sob a luz de uma fogueira de São João. Beijar a sua mão em agradecimento pela sua benção, me fazia reportar à minha mãe, já que sempre a disse que ela havia ficado no lugar dela me protegendo e abençoando.

Ela e minha mãe foram as donas das flores perfumadas dos meus pés de bugari, que se destinavam aos altares de seus santos de devoção. Esse simples e pequeno gesto me fazia muito feliz, porque eu via o quanto elas gostavam destas flores.

A mim e Antonieta, sua amada filha, ela vai nos fazer muita falta, mas tivemos a felicidade da herança e do legado de seus exemplos e ensinamentos: como Antonieta sempre se refere às grandes lições de vida que dela recebeu, “aprendi com minha mãe o exemplo de ser uma mulher guerreira, destemida, uma mãe amorosa, de muita fé e senhora de minha casa”.

Tomba a grande e frondosa baraúna da família Fernandes/Sousa, mas permanecerá viva em nossa alma e no nosso espírito.

Dona Teresinha, viverás eternamente em nossos corações.
Muitas saudades, eternas lembranças.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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