header top bar

section content

Procurador revela que empresários presos na 1ª fase da Andaime repetiram práticas depois de soltos e intimidaram testemunhas; Empresa fictícia em CZ ganhou quase 200 licitações

Foram presos pela Polícia Federal: o empresário Mário Messias Filho, conhecido por "Marinho" e o construtor José Hélio Farias. Veja!

Por

17/12/2015 às 09h22

Os integrantes da Força-tarefa da Operação Andaime concederam entrevista coletiva às 10h da manhã desta quarta-feira (16), na sede do Ministério Público Federal em Sousa. O procurador da República, Tiago Misael e o delegado da Polícia Federal, falaram como foi desenvolvida a operação e como funcionava o esquema de desvios de dinheiro público.

A segunda fase da Operação Andaime, foi deflagrada nas primeiras horas desta quarta-feira (16) na cidade de Cajazeiras. Equipes da força-tarefa constituída por Ministério Público Federal, Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Ministério Público da Paraíba (Gaeco), cumpriram dois mandados de prisão preventiva, duas conduções coercitivas e cinco mandados de busca e apreensão.

Leia mais

Ministério Público Federal divulga nomes dos presos na segunda fase da Operação Andaime em Cajazeiras

MPF e PF desarticulam quadrilha que fraudou licitações de prefeituras e desviou mais de R$ 18 milhões; Cajazeiras está na lista. Confira!

Thiago Misael revelou que os empresários presos na segunda fase da Andaime continuaram a prática fraudulenta após serem soltos, o que configurou “reiteração criminosa”. 

De acordo com ele, os agentes ainda estavam atrapalhando as investigações da polícia com intimidação de testemunhas. O procurador revelou que quatro prefeituras do Sertão estão envolvidas nas investigações fraudulentas. 

Foram presos: o empresário Mário Messias Filho, conhecido por "Marinho" e o construtor José Hélio Farias. O objetivo das prisões é garantir a ordem pública, a ordem econômica e a instrução processual penal, além de serem decorrentes de descumprimento das medidas cautelares anteriormente aplicadas. Mário Messias e Hélio Farias já haviam sido presos preventivamente na primeira fase da Operação Andaime, deflagrada em 26 de junho de 2015.

Os alvos das conduções coercitivas são a secretária Isabela Alves Soares e o motorista Jorge Murilo Lucena Messias. As medidas são consideradas imprescindíveis às investigações em curso desenvolvidas pela força tarefa.

Já os cinco mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas residências de Mario Messias Filho, José Hélio Farias, Jorge Murilo Lucena Messias e nas empresas Limcol e Marinho Comércio e Representações, todas localizados em Cajazeiras.

Leia mais

MPF e PF desarticulam quadrilha que fraudou licitações de prefeituras e desviou mais de R$ 18 milhões; Cajazeiras está na lista. Confira!

Mistério da Operação Andaime, azar dos envolvidos e bastidores da ação da PF estão na Faisqueira

De acordo com o procurador federal, Tiago Misael, o esquema funcionava através de empresas fantasmas:

"São empresas que só existem no papel, ou seja, só existe dentro de um envelope debaixo do braço do dono dessa empresa. Juntas, essas empresas fictícias venceram 177 licitações em obras públicas em toda Paraíba. Constatamos que  todo recurso público que transitou pelas contas dessas empresas foram desviados", destacou.

Entenda o caso – Em 26 de junho de 2015, em ação conjunta do Ministério Público Federal, Controladoria Geral da União e Polícia Federal, foi deflagrada a Operação Andaime para desarticular quadrilha especializada em fraudar licitações em obras e serviços de engenharia executados por 16 prefeituras do Alto Sertão da Paraíba. Estima-se em R$ 18.337.000,00 o montante de verbas federais alcançadas pelos criminosos. Nos meses seguintes, o MPF ofereceu três denúncias que totalizaram até o momento 223 delitos praticados, atingindo os municípios de Joca Claudino, Bernardino Batista e Cajazeiras. Até o momento foram feitas 49 acusações contra 39 pessoas. Há acusados citados em mais de uma denúncia.

Veja parte da coletiva em Sousa

?

DIÁRIO DO SERTÃO com informações do MPF e TV Paraíba

Tags:
Recomendado pelo Google: