CRM interdita hospitais e um PSF na região de CZ; Secretária declara que médico custa caro

O Conselho Regional de Medicina (CRM) da Paraíba, interditou nessa terça-feira (29), os dois hospitais do município de Uiraúna, região de Cajazeiras. São eles: Hospital Menino Jesus e Casa de Saúde Padre Costa. A interdição foi motivada pela ausência de médicos durante a vistoria nas duas unidades.
 
De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM, Eurípedes Mendonça, a escala de plantão médico dos hospitais está descoberta e em vários dias da semana as unidades ficam sem profissionais.

“Não há como um hospital funcionar sem médicos. Orientamos ao Samu da cidade, que tem médico de plantão, a levar os pacientes para a cidade vizinha, como Cajazeiras”, disse o diretor. A interdição do hospital também foi comunicada ao Ministério Público.
 
Mais irregularidades
Nesta quarta-feira (30), o departamento de Fiscalização do CRM interditou também a unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) IV Quixaba de Baixo, em Uiraúna.

Eurípedes Mendonça explicou que o local foi interditado eticamente por não apresentar qualquer melhoria desde a última vistoria, realizada em julho de 2012.

 “A unidade apresenta uma situação bastante precária. Segundo os moradores da localidade, desde outubro está fechada por causa do descaso da gestão pública. Em virtude dos problemas que já verificamos e desta nova situação, resolvemos interditá-la”, destacou.
 
Os relatórios com os detalhes das vistorias serão encaminhados para a Secretaria Municipal de Saúde da cidade e para o Ministério Público. As unidades só serão desinterditadas quando as irregularidades forem resolvidas.

O outro lado
A primeira-dama do município, que ocupa o cargo de secretária de Saúde, Juliete Fernandes, afirmou que o município está tomando as providências para reabrir as unidades de saúde.

Apesar de informar que fará o possível para em uma semana solucionar os problemas, a secretária assegurou que fica muito caro manter um médico de plantão 24 horas nos hospitais.

“Não tínhamos condições de deixar um profissional no plantão de 24 horas. Ele cobra muito caro, quer R$ 1 mil por plantão”. Reclamou Juliete

Ela informou também, que O PSF interditado não estava apto para atendimento, pois não é posto oficial da localidade. “O posto dessa localidade tem de tudo e ele (CRM) não foram nem lá”

DIÁRIO DO SERTÃO
 

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