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Para líderes do PSDB, só a vontade do povo pode mudar o Brasil

Para Cássio Cunha Lima, qualquer nome que não passe pela aprovação das urnas, significa adiar e, “pior”, agravar a crise.

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07/08/2015 às 23h59

Senador do PSDB-PB, Cássio Cunha Lima

Brasília – Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (06), os líderes do PSDB no Congresso Nacional, senador Cássio Cunha Lima (PB) e deputado Carlos Sampaio (SP) afirmaram que a saída para a grave crise que assola o país está em novas eleições presidenciais.

“Em resposta ao chamamento do vice-presidente Michel Temer, de que é preciso encontrar alguém que possa unir o país, o PSDB defende que só se encontrará uma pessoa capaz de tirar o Brasil do atoleiro através de uma eleição direta, com a legitimidade do voto popular. Só através do voto, em torno de um projeto de salvação nacional, se criará o ambiente para sair dessa crise — disse o líder Cássio Cunha Lima.

“Estamos lançando um movimento para que as pessoas reflitam que a melhor saída para a crise é a realização de novas eleições” – explicou o líder Carlos Sampaio.

Cássio e Sampaio raciocinam que, no instante em que o vice-presidente da República, Michel Temer, diz que “é preciso encontrar uma pessoa capaz de unificar o país”, ele está dizendo que a presidente Dilma não é mais capaz de fazê-lo.

“Paciente terminal”
Para Cássio Cunha Lima, qualquer nome que não passe pela aprovação das urnas, significa adiar e, “pior”, agravar a crise. Em caso de impeachment e posse de Temer, o problema seria apenas adiado. “Será como dar sobrevida a um paciente terminal” – comparou o senador. “Não vamos construir a solução apenas dentro dos muros do Congresso. Só trazendo a população para construir a solução é que vamos dar legitimidade a alguém”, defende o senador.

Os líderes do PSDB no Congresso fizeram questão de deixar claro que o partido rechaça toda e qualquer manobra golpista e entende que a realização de um novo pleito será o caminho constitucional após a comprovação de irregularidades na campanha petista em 2014.

Saída legal
A iniciativa é legítima e tem base legal, já que a Constituição diz que todo poder emana do povo e a Carta Magna prevê a cassação da chapa em casos de crime eleitoral. “Em setembro, o julgamento do TSE vai implicar na cassação dos mandatos daqueles que foram eleitos, caso comprovada a criminalidade das condutas nas eleições. Isso é um fato concreto e que antecede qualquer julgamento de impeachment dentro da Câmara. É uma constatação inequívoca”, argumentou o deputado Carlos Sampaio.

Abuso de poder
O Tribunal Superior Eleitoral já analisa pedido de cassação da chapa encabeçada por Dilma nas eleições do ano passado. A petição, assinada pelo PSDB, aponta diversas irregularidades passíveis de serem consideradas como abuso de poder político e econômico. Entre elas o uso indevido dos meios de comunicação e utilização da cadeia nacional de rádio e televisão para fazer promoção pessoal da então candidata à reeleição. Na ação é citada ainda a campanha milionária que superou a soma das despesas de todos os demais candidatos e o recebimento de doações de empreiteiras contratadas pela Petrobras como parte da distribuição de propinas. O caso deve ser julgado até setembro.

Caldeirão 
O problema fundamental é que a alta temperatura política encontrou-se com o caldeirão fumegante da economia: dólar disparado, bolsas em queda, desemprego crescente, inflação na casa dos dois dígitos e juros escorchantes. Para piorar, os inúmeros escândalos de corrupção que revoltam o povo brasileiro
 
Assessoria do senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)

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