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Quatro irmãos entre 13 e 18 anos morrem afogados; Eles estavam com os pais. Veja!

O lavrador José Nilton de Jesus Ribeiro, de 42 anos, contou que apenas a esposa conseguiu se salvar.

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26/01/2015 às 12h38

O pai dos quatro adolescentes que morreram afogados na Cachoeira do Cravo, que fica entre São Mateus e Nova Venécia, na região Norte do Espírito Santo, disse que a família brincava dentro da água no momento em que os afogamentos aconteceram. O lavrador José Nilton de Jesus Ribeiro, de 42 anos, contou que apenas a esposa conseguiu se salvar. “Vi meus filhos morrerem e não pude fazer nada”, disse.

Segundo testemunhas, Josias Gomes Ribeiro, de 18 anos; Geisiane Gomes Ribeiro, 17 anos; Elias Gomes Ribeiro, de 15 anos e Clarice Gomes Ribeiro, de 13 anos, gritavam por socorro no local. Os banhistas que estavam na cachoeira tentaram resgatá-los, mas só conseguiram tirar a mãe com uma vara de pescar. José Nilton contou que ele, a mulher e os quatro filhos estavam na água. “Começamos a brincar de pique pega, aí entraram num lugar que não dava pé e um foi tentando se segurar no outro. 

Eles estavam brincando ‘quem chegar perto do meu pai primeiro, ganha’. Depois a mãe disse ‘agora é comigo’. Só que ela estava um pouquinho mais afastada. Quando bateram nela, jogou ela mais para o fundo e não deu pé para os meninos. Aí, começou a se afogar todo mundo. Eu ainda tentei tirar as crianças, mas comecei a me afogar. Aí consegui sair e gritei por socorro”, afirmou o lavrador. Segundo ele, apenas a mulher sabia nadar. “Foi tudo muito rápido. O mais velho (filho) falou que estava fundo e agarrou na mãe dele. A minha mulher desmaiou e boiou, e a gente conseguiu tirar ela. O rapaz puxou ela pelo cabelo com uma vara de pescar. Aí eu segurei ela de um lado e ele do outro. Ela está em estado de choque”, contou.

José Nilton esteve no Serviço Médico Legal de Linhares nesse domingo (25) para liberar os corpos dos filhos. Ele contou que a família costumava frequentar o local todos os finais de semana. “Moramos no Km 41, distrito de Nestor Gomes, em São Mateus, perto da igreja católica. O bairro inteiro está chocado. Quase todo final de semana a gente ia para lá. A gente sempre ia de manhã e voltava à tarde. Ontem, chegamos era mais ou menos 15 horas e logo depois, coisa de meia hora, aconteceu o que aconteceu”, completou.

DIÁRIO DO SERTÃO com G1

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