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Estudo detecta 1.969 pontos de exploração sexual nas estradas

Segundo pesquisa da PRF, número de pontos aumentou 9% na comparação com edição anterior

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25/11/2014 às 19h05

Estudo detecta 1.969 pontos de exploração

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) detectou 1.969 pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias federais brasileiras. A pesquisa faz parte da sexta edição do projeto Mapear, elaborado entre 2013 e 2014 pela PRF, em parceria com a Organização Internacional do Trabalho, Childhood Brasil e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Neste ano, o estudo também contou com a participação do Ministério Público do Trabalho.

O total de pontos mapeados é 9% maior em relação à edição anterior do projeto (2011/2012). De acordo com o estudo, o crescimento é percebido de forma positiva e significa um maior investimento ao longo dos anos por parte da PRF no treinamento de seus agentes. O entendimento é de que áreas, que antes não eram vistas como problemáticos, “hoje têm sua vulnerabilidade detectada e medida”.

Dos 1.969 pontos identificados na sexta edição do projeto, 566 foram considerados críticos; 538, com alto risco; 555, com médio risco e 310 foram avaliados como de baixo risco. O estudo apontou que houve uma “significativa redução dos pontos críticos”, representada por um decréscimo de 40% em seis anos.

Ainda conforme a pesquisa, esta redução pode estar associada “à soma de esforços, ao  engajamento dos diversos setores e à atuação preventiva nas rodovias federais”.

Os “pontos vulneráveis” são entendidos pela pesquisa como ambientes ou estabelecimentos onde os agentes da polícia rodoviária federal encontram características que propiciam condições favoráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes. Entre eles estão: presença de adultos se prostituindo, inexistência de iluminação, ausência de vigilância privada, locais costumeiros de parada de veículos e de consumo de bebida alcoólica.

Meninas mais expostas

Segundo o estudo, do total de pontos de risco de exploração sexual mapeados, 1.121 "forneceram respostas à origem e gênero das crianças e adolescentes”, questões que foram incluídas nesta edição do mapeamento. Já 428 pontos (38%) indicaram “que a vítima era originária de outra localidade, ou seja, poderia estar em situação de tráfico de pessoas”.

Dos 448 pontos com registro de menores de 18 anos em situação de exploração sexual, foi possível identificar que 69% eram do sexo feminino, 22%, transgêneros e 9%, do sexo masculino.

O projeto Mapear tem, entre seus objetivos, a ampliação e o fortalecimento das ações de enfrentamento da violência sexual.

R7

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