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Drama do bebê Isaac é retratado na coluna de Rubens Nóbrega, do Correio

Drama vivido pelo bebê cardiopatia Cajazeirense José Isaac, de quatro meses, inicialmente retratado pelo portal Diário do Sertão, ganhou espaço nos principais veículos do estado. Depois de virar...

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25/07/2008 às 01h07

Drama vivido pelo bebê cardiopatia Cajazeirense José Isaac, de quatro meses, inicialmente retratado pelo portal Diário do Sertão, ganhou espaço nos principais veículos do estado. Depois de virar tema de reportagens das Televisões Correio e Paraíba a luta pela sobrevivência do recém-nascido e o sofrimento da família ganharam as paginas do Jornal Correio da Paraíba.

A dramática historia de Issac foi narrada com riqueza de detalhes e fortes doses de emoção na coluna do Jornalista Rubens Nóbrega, a de maior credibilidade do jornalismo Paraíba.

Confira o texto na integra abaixo:

Rubens Nobrega

Quinta, 24 de Julho de 2008 – 09h00

Salvem Isaac!

Cajazeiras tem um João Pedro chamado José Isaac.
João Pedro é aquele bebê que no mês de junho último comoveu a Paraíba e o resto do Brasil por ter resistido e sobrevivido à indiferença, omissão e incompetência das autoridades da Saúde Pública aos cuidados do governo estadual.

Graças à sua fibra, à persistência de seus pais e à intervenção do Ministério Público Federal no caso, João Pedro conseguiu o que José Isaac está precisando com urgência: atenção, assistência e tratamento que os governos têm obrigação de prover.

Isaac precisa que a imprensa também bata em cima e o MPF assuma a causa da sua vida, como assumiu a de João Pedro, que por conta disso foi, enfim, levado para um lugar (São Paulo) onde lhe foi possível cirurgia e cura.

Lá, especialistas consertaram os canais que irrigam o coração desse bravo paraibano. E garanto que se João Pedro já estivesse falando, lendo e escrevendo, estaria aqui pedindo para que salvem Isaac, tal como fizeram com ele.

Como João Pedro ainda não tem essa capacidade, apelos e súplicas pela vida de Isaac partem da mãe do garoto, Adriana Oliveira, e de amigos penalizados, temerosos mais ainda que o menino venha a sucumbir por falta de socorro.

Um desses amigos é o jornalista Petson Santos, que botou o Caso Isaac no mundo através do portal Diário do Sertão, que resumiu todo o drama de mãe e filho em matéria publicada no último dia 16.

Consulta no Ceará
Em contato com o colunista, Petson informou que esteve esta semana na casa de Adriana e ela falou que lhe prometeram para esta quinta nova consulta na cidade de Barbalha (CE), onde um cardiologista deverá avaliar o quadro de Isaac.

Segundo o jornalista, nas últimas duas semanas a criança já baixou no Hospital Infantil de Cajazeiras algumas vezes e, em duas oportunidades, constatou-se que ela sofrera paradas cardíacas.

Revoltado, Petson diz não entender porque Isaac não é encaminhado logo para Campina Grande ou João Pessoa, em tese centros mais avançados que poderiam tratar com maior segurança a cardiopatia do bebê cajazeirense.

Pelo que apurou, a criança estaria sendo castigada adicionalmente por um jogo de empurra entre gestores municipais e estaduais da saúde. “Um diz que é a competência é do Estado, o outro diz que é do município e não sai disso”, conta.

Bebê subnutrido
Amamentação acabou e o dinheiro para comprar leite, também. Trabalhando como doméstica e sem ter com quem deixar o menino, Adriana depende da caridade alheia. O pai? Ah, o pai está preso. Não sei o motivo. Nem é relevante, nesse caso.

Importa saber que até a ajuda dos outros é intermitente feito os batimentos do coração do Isaac, que fica subnutrido e com isso aumenta a dificuldade para mantê-lo vivo, agravando também o sofrimento tanto do filho como da mãe.

A subnutrição do bebê foi atestada em exames realizados mês passado em Barbalha, onde disseram a Dona Adriana que o menino precisa comer e ganhar peso, primeiro, antes de se submeter a qualquer procedimento cirúrgico. Mas como?

“Só vendo, Rubens. A gente aqui na Rádio Oeste teve que pedir à comunidade para ajudar com uma lata de leite, que custa R$ 16,58, para que a criança se alimente. A mãe, coitada, nem Bolsa Família tem”, lamenta Petson.

Quem pode resolver
Referiu-se o jornalista ao benefício do programa do governo federal, que é bom, mas peca quando exclui gente com tanta precisão como Dona Adriana, que já implorou a tudo quanto é poderoso do lugar para lhe ajudar a salvar o filho e… Nada!

A imprensa vem fazendo a sua parte, lembra o colega. Trouxe o caso ao conhecimento público e nele insiste para ver se aparece algum iluminado de bom coração ou uma luz no caminho de Isaac.

“Todo mundo já fez matéria aqui… TV Correio, TV Paraíba, jornais locais e estaduais, mas, até agora, nada”, lembra Petson Santos, que sugeriu repique do caso neste espaço, na expectativa de que isso aqui possa surtir algum efeito.

Uma coisa que pode dar resultado, meu caro Petson, além de algum patrocínio voluntário, diligente, providencial, é a entrada nesse caso da Procuradoria da República na Paraíba, tal como seu deu no Caso João Pedro.

Talvez os procuradores aí de Sousa possam dar alguma ajuda. Enquanto isso, daqui de João Pessoa a gente pede como quem pede a Deus. Pede ao Doutor Geraldo Almeida, secretário de Saúde do Estado. Se ele não atender, peço a São Duciran.

Apoio ao Dr. Octávio
Fez muito bem o Doutor Duciran Farena, no papel de procurador regional eleitoral, em divulgar nota de apoio institucional e solidariedade profissional ao promotor eleitoral Octávio Paulo Neto, de Campina Grande.

Doutor Octávio, um dos melhores quadros do Ministério Público Estadual, foi injustamente atacado pelo presidente da Assembléia, Arthur Cunha Lima, por ter impugnado a candidatura de Rômulo Gouveia (PSDB) a prefeito de Campina.

O deputado insinuou que a ação de impugnação de registro de candidatura do deputado tucano teria a ver com um suposto parentesco do promotor com o prefeito Veneziano Vital (PMDB). Não tem nada a ver nem o parentesco, até onde sei, existe.

O que existe é a truculência do presidente da Assembléia contra todos aqueles que por dever de ofício ou exercício da simples crítica arranhem ou ofendam qualquer interesse do poderoso clã que manda e desmanda no Estado.

Agora, o que mais estranha nessa história toda é o silêncio da Procuradoria Geral de Justiça do Estado diante da agressão do Doutor Arthur a um dos mais competentes e sérios promotores de Justiça da Paraíba.

Do Jornal do Correio

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