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Principal casa de recuperação de usuários de drogas do estado do Ceará poderá abrir filial na região de CZ; Pastor anuncia negociações

Atualmente a unidade abriga quase 30 residentes em processo de recuperação e uma equipe de oito pessoas que cuidam da casa

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16/01/2016 às 11h00

Na pequena cidade de Crateús, no Cariri cearense, a cerca de 355 km de Fortaleza, membros de uma comunidade evangélica realizam um trabalho social que merece destaque. Mesmo com toda a dificuldade para conseguir apoio financeiro, a Igreja Betel Pentecostal mantém há cerca de quatro anos uma das principais casas de reabilitação de dependentes químicos do interior do Ceará.

A Comunidade Terapêutica Reviver, que também possui uma unidade em Juazeiro do Norte, se tornou realidade em Crateús a partir da autorização que foi dada à igreja para ocupar o prédio que é público e estava abandonado servindo de ponto de consumo de drogas.

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Depois de muito trabalho para reestruturar o local, o projeto finalmente se tornou realidade; a comunidade passou a receber pessoas de várias partes do Nordeste e de diversos níveis sociais, e através da educação, do esporte, do trabalho e da fé, promove a árdua missão de recuperar viciados em álcool e drogas.

Atualmente a unidade de Crateús abriga quase 30 residentes em processo de recuperação e uma equipe de oito pessoas que cuidam da casa, entre monitores, professores, coordenadores, administradores e outros profissionais.

A comunidade possui academia, sala de aula, biblioteca, sala de informática, oficina de artesanato, áreas de lazer e de práticas artísticas, quadra esportiva e um espaço para meditação e oração.

O professor Lins Granjeiro e o coordenador Neuton Alves foram residentes da casa e hoje, reabilitados, fazem parte da equipe que cuida do local e ajuda a recuperar os acolhidos. Eles se orgulham do resultado, mas ressaltam que, diante de tantas dificuldades, é preciso muita perseverança e fé para continuar o trabalho.

“Foi um trabalho de muita persistência. Mas aqui é uma verdadeira casa de aprendizagem”, destaca o professor Lins. “Todo dia a gente mata um leão diferente. Tudo tem que ter Deus no controle, senão não vai pra frente”, diz o coordenador Neuton Alves.

Manoel Bernardes, que está há nove meses na casa e hoje auxilia o projeto como cozinheiro, diz que se sente confiante para voltar ao convívio na sociedade. “A casa nos ensina o caminho que as drogas levam, e eu perdi muitas coisas com isso. Pra mim é muito importante porque a casa transmite muita confiança, porque ela não é só uma clínica de recuperação, ela é uma fundação educadora.”

Fundador e administrador geral da Comunidade Terapêutica Reviver em Crateús, o pastor Fernandito Pino revela que há um projeto em parceria com a prefeitura de Cajazeiras para que uma unidade seja aberta entre Cajazeiras e São José de Piranhas.

DIÁRIO DO SERTÃO

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