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Especialista revela início e fim do ‘inverno’ em todo Sertão, mas dá notícia preocupante

Segundo ele, conjuntura climática provocada pelo El Niño não aponta para um período chuvoso normal nos próximos meses

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14/01/2016 às 17h44

As chuvas que têm caído na região de Cajazeiras deixaram a população em estado de graça, com a esperança renovada de que haverá um “inverno” regular para abastecer os reservatórios naturais e recuperar a região.

É o que parece. Mas quando se fala em estudos meteorológicos, a realidade se mostra diferente. Que o diga o físico e meteorologista Rodrigo Limeira, que no programa Olho Vivo da TV Diário do Sertão, nesta quinta-feira (14), revelou dados que mostram que a situação não será boa para o semiárido nordestino em termos de período chuvoso.

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Segundo ele, essas chuvas isoladas que dão a impressão de que haverá uma quadra invernosa regular na Paraíba estão acontecendo apenas em seis municípios, e elas não se manterão por muito tempo. No resto do Estado a situação ainda é de seca.

De acordo com seus estudos, a conjuntura climática atual não aponta para um mês de janeiro muito chuvoso, ao contrário do que parece. E também não indica um período chuvoso normal nos próximos meses. O motivo? Claro que é o fenômeno El Niño.

Rodrigo explica que para haver uma quadra chuvosa constante no Sertão paraibano é preciso que seguidas frentes frias cheguem ao sul da Bahia, fenômeno que não está acontecendo. Por isso essas chuvas que caíram nos últimos dias são apenas precipitações isoladas.

A estação chuvosa, de fato, deve começar entre 10 e 20 de março, com chuvas isoladas, mal distribuídas e abaixo da média, e terminar na segunda quinzena de abril. Quando ele apresenta os números, a situação se mostra ainda mais preocupante.

Segundo os cálculos pluviométricos do físico, o município de Patos, que tem média de 700 mm³, terá entre 200 mm³ e 400 mm³; Pombal, de 730 mm³ terá entre 200 mm³ e 400 mm³; Sousa, de 800 mm³ terá entre 250 mm³ e 500 mm³; e Cajazeiras, cuja média é 900 mm3, terá entre 300 mm3 e 550 mm³.

DIÁRIO DO SERTÃO

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