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Educadora de Cajazeiras comemora 90 anos de vida e continua na missão de educar crianças e jovens

Carmelita “casou-se” com sua escola e dela nasceram, ao longo do seu apostolado educacional, milhares de “filhos”.

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19/07/2014 às 17h40 • atualizado em 24/10/2021 às 21h26

Carmelita Gonçalves comemora seus 92 anos

Recebi recentemente a visita de minha estimada amiga Carmelita Gonçalves e como sempre com muita alegria e felicidade festejamos o reencontro. Fazia uma caminhada de fé e evangelização em busca de divulgar a festa de Nossa Senhora do Carmo, Padroeira da Capela do Sítio Barra do Catolé.

Mas, sempre nos nossos reencontros, a sua primeira pergunta é: como vão os “meus meninos” e vejo nos seus olhos a alegria e sinto que seu coração transborda de felicidade quando respondo: os seus ex-alunos vão muito bem. Ela sempre tem esta preocupação e se rejubila e aplaude com as vitórias dos “seus meninos”.

Neste mesmo dia ela me fez um pedido para não divulgar, nada no GAZETA, sobre os seus 90 anos de vida e com muita dificuldade fiz ver a ela que seria difícil atender o seu pedido.

Todos nós sabemos que ela é arredia a qualquer tipo de homenagem, mas não podemos silenciar diante desta efeméride, porque seria, talvez, de nossa parte, uma grande ingratidão, pelo que ela representa para a vida de muitas famílias de Cajazeiras e diante do compromisso, de toda a sua existência, em manter viva e cristalina a sua crença que os caminhos da vitória só serão abertos e conquistados através da educação.

É indiscutível também o seu legado de dedicação à igreja, que com fé e bravura, nas difíceis caminhadas da evangelização, não tem medido esforços para quebrar as barreiras e ampliar as vocações.

Carmelita “casou-se” com sua escola e dela nasceram, ao longo do seu apostolado educacional, milhares de “filhos”, que vêem nela uma mãe, uma tia, uma madrinha, uma fada, uma bússola.

Relatava-me outro dia que “ficava envergonhada” de ter, no inicio de sua carreira, como alunos, os filhos dos homens ricos de Cajazeiras e isto demonstra o quanto a humildade e a simplicidade dela não são de hoje.

Tem se envolvido com muita determinação nas campanhas para manutenção do Seminário Nossa Senhora da Assunção, uma das obras da Diocese de Cajazeiras, na formação dos vocacionados à vida sacerdotal.

Outro dia a observei caminhando por uma de nossas ruas e a cada passo era parada por um ex-aluno, pelo pai ou mãe de seus pupilos e lá se iam os beijos, os abraços, os afagos e carinhos.  Isto é a prova maior do respeito, da gratidão, do afeto, da admiração e do agradecimento de todos que passaram sob o teto de sua escola, para com ela.

Nesta data tão significativa de sua vida desejar a você o que? Sucesso? Não, por que você é muito sucedida Vitórias? Também não, porque na sua galeria não cabem mais troféus. Bonança? Muito menos, porque o que você ganhou através de sua palavra, já está repartindo faz muito tempo.

Do Gazeta do Alto Piranhas

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