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Prefeito diz que não tem dinheiro, mas garante R$ 700 mil para festa: “É contradição”, diz Ministério Público

André Gadelha disse que o valor que está sendo gasto com o São João já estava incluso no orçamento municipal. Veja o vídeo!

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27/05/2014 às 08h45

Renan Paes Félix, Procurador da República

A prefeitura de Sousa apresentou ao Ministério Público Federal (MPF) um projeto de lei pedindo a abertura de crédito especial de R$ 200 mil, dentro do orçamento de 2014, para a conclusão das obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade. A proposta, assinada pelo prefeito André Gadelha (PMDB), será enviada à Câmara de Vereadores para apreciação.

A medida atende recomendação do MPF, expedida na última sexta-feira, 23 de maio, para que a prefeitura bloqueasse R$ 200 mil das verbas a serem gastas com os festejos juninos de Sousa (PB), a fim de garantir a conclusão das obras da UPA da cidade, sob pena de bloqueio judicial de verbas.

Segundo o procurador da República Renan Paes Felix, a administração municipal alega que não tem dinheiro para concluir as obras da UPA, mas, em contrapartida, obteve a aprovação da Câmara de Vereadores para gastar R$ 700 mil com festejos juninos. “É uma contradição dizer que uma prefeitura tenha R$ 700 mil para gastar com festejos juninos e não tenha R$ 200 mil para concluir as obras da UPA”, enfatizou o procurador.

Prefeito garante verba
Foi realizada uma reunião na tarde desta segunda-feira (26), no MPF de Sousa, entre o procurador da República e o Prefeito Municipal, André Gadelha (PMDS), para buscar soluções sobre o problema da UPA.

“Nosso propósito é deixar o prédio pronto. Vamos encaminhar um pedido de suplementação orçamentária à Câmara Municipal, onde especificaremos um valor de R$ 200 mil para que sejam investidos na reforma do prédio da UPA e resolver esse problema", destacou o Prefeito de Sousa.

André Gadelha disse ainda que o valor que está sendo gasto com o São João já estava incluso no orçamento municipal, é uma verba destinada para eventos.

Ouça abaixo!

Prazo final
Ainda de acordo com o Procurador Federal, a Prefeitura terá um prazo de dois meses para resolver o problema da UPA, e se nada for feito, o Ministério da Saúde será acionado e vai cobrar do município a devolução dos recursos investidos na construção do prédio.

Veja vídeo!

DIÁRIO DO SERTÃO

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