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Carne consumida em Aparecida é abatida em matadouro clandestino

Animais são mortos a céu aberto e restos jogados a beira do Rio do Peixe.Alguns dos marchantes fazem do abate clandestino um meio de sobrevivência que pode está pondo em risco a saúde da população.

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25/01/2010 às 00h24

Parte da população do município de Aparecida, alto sertão paraibano, convive há pelo menos sete anos com o fato de que a carne comercializada na cidade vem sendo abatida em um local sem as mínimas condições de higiene.

Alguns dos marchantes fazem do abate clandestino um meio de sobrevivência que pode está pondo em risco a saúde da população. Preocupado com esta situação, o crediarista Edilândio Garrido resolveu tornar publico o que todos os moradores já sabem, mas que pouco tem sido feito para reverter este quadro, inclusive por falta de ação do Poder Publico.

src=http://1.bp.blogspot.com/_UB1XNKCqNfU/S10FgZZs5RI/AAAAAAAAAGY/i7QHn3hFXo8/s1600/Matadouro_Clandestino_de_Aparecida..IIIIII.JPG

Em Aparecida existe um matadouro construído, porém interditado pelo Ministério Público da comarca de Sousa devido a falta de um tanque que serve para a evacuação dos dejetos dos animais mortos e assim evitar que contamine a água do Rio do Peixe. Por isso, alguns magarefes fazem o serviço em um local clandestino.

Cladestino
Apesar da proibição dos promotores, hoje onde funciona o matadouro clandestino, pode-se observar que o local está as margens do rio que corta e abastece a cidade. Além disso, cabeças de bois e vacas mortos são jogadas a poucos metros provocando sujeira e fedentina. Percebe-se ainda que outros bichos, a exemplo de porcos e galinhas de pessoas que residem perto se alimentam das carcaças dos animais abatidos.

Confira as fotos:

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Não são todos os marchantes que se utilizam do local para o abate na cidade. Ao todo, cerca de sete profissionais vivem em Aparecida, entretanto quatro realizam o trabalho na cidade de Sousa. O abate clandestino ocorre geralmente nas sextas-feiras a tarde.

Alguns moradores cobram da Prefeitura, mas até agora nenhuma providência foi tomada. Segundo Edilândio Garrido, “além da precariedade do local, a carne abatida é transportada em uma carroça, sem nenhuma proteção e para piorar é colocada a venda em tábuas inteiramente desprotegidas de higiene no mercado publico”.

/Prefeito promete providencias para este ano
Procurado pela reportagem, o prefeito Deusimar Pires disse que ao assumir o mandato em 2009 solicitou um projeto com as devidas adequações exigidas pela Sudema e pelo Ministério Publico para concluir o matadouro, mas alegou que a crise financeira não ofereceu condições para realizar a obra

O prefeito anunciou ainda que neste ano pretende finalizar a obra do matadouro iniciado quando Aparecida ainda era distrito de Sousa e ampliado há cerca de sete anos.

Sobre o matadouro clandestino, Deusimar Pires prometeu intensificar a fiscalização. Ele garantiu que determinou aos fiscais da Secretaria de Saúde que façam uma averiguação in loco e assim evitar que parte da carne comercializada na cidade continue sendo abatida em local sem o mínimo de higiene. “Se existe esse abate clandestino, nós vamos fiscalizar com mais dedicação para que isso seja evitado, finalizou.

LEVI DANTAS
Da redação do Diário do Sertão

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