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Dunga segue mistério sobre equipe que enfrenta o Peru

Brasil pode garantir o primeiro lugar na chave até com empate. Bola rola às 21h30

Por Campelo Sousa

12/06/2016 às 16h12

Dunga é cogitado para Seleção do Panamá (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

O técnico Dunga voltou a esconder o jogo e não revelou detalhes sobre a seleção brasileira que enfrenta o Peru neste domingo (12), pelo primeiro lugar no Grupo B da Copa América. Antes do treino marcado para o gramado do Gillette Stadium, em Foxborough, ele disse que já tinha a equipe na cabeça, mas iria aproveitar o treinamento para “ver se os meus olhos veem o que estou pensando”. E foi o que aconteceu em atividade fechada para a imprensa.

Dunga terá de substituir Casemiro e deve escalar Walace, que fez sua estreia na seleção principal nos 7 a 1 contra o Haiti, entrando no segundo tempo. Deu a entender que escalará o gremista. “É um jogador de idade olímpica, não tinha jogado na seleção principal ainda, tínhamos de colocar para quebrar esse gelo, ver a reação dele jogando”, disse. “Ele se entregou bem, teve personalidade e jogou como um jogador experiente.”

Apesar do segredo, Walace é o favorito à vaga no meio de campo, assim como Miranda deve voltar à defesa. E no ataque não será surpresa se Gabriel aparecer no lugar até então ocupado por Jonas.

O Brasil pode garantir o primeiro lugar na chave até com um empate, dependendo do resultado de Equador x Haiti – nesse caso os equatorianos teriam de fazer vantagem de sete gols para terminar na frente. Mas Dunga disse que a seleção só vai considerar um resultado, a vitória: “A gente quer classificar diretamente no jogo, tem essa obrigação de jogar sempre para vencer e tem essa mentalidade”.

A bola rola no Gillette Stadium, em Boston, às 21h30 (horário de Brasília). Em caso de vitória a seleção brasileira assegura o primeiro lugar no Grupo B, o que lhe dará o direito de enfrentar o segundo colocado do Grupo A, na sexta-feira, no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

Técnico escancara lei da mordaça imposta pela Copa América

Em sua última entrevista antes do jogo, Dunga tornou pública a lei da mordaça que existe no regulamento da Copa América. Quem fizer críticas à organização da competição corre o risco de ser punido com multa. Por isso, o treinador foi econômico ao falar de um problema ocorrido na sexta-feira, quando a seleção brasileira trabalhou na Universidade de Harvard e não teve vestiário à disposição para os jogadores se trocarem e tomar banho.

“Mandamos uma equipe da CBF para controlar tudo o que fosse possível. Chegamos e tivemos surpresas, mas não adianta ficar lamentando, temos de achar soluções. Mas do que isso não posso dizer porque está no regulamento”, disse, em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira no Gillette Stadium, antes do treino de reconhecimento do gramado feito pela seleção.

Dunga se refere, ao dizer que não pode falar muito, ao artigo 11 do regulamento, sobre contestações. No artigo oito diz que qualquer reclamação deve ser dirigida à secretária geral da Copa América e prevê que alguma reclamação infundada pode ser alvo de multa. Não esclarece, porém, se reclamações públicas, como as feitas em entrevistas, podem ser enquadradas nessa situação.

A reportagem do Estadão conversou por telefone com um integrante da organização da Copa América que, sob condição de anonimato, confirmou que o item do regulamento tem por objetivo evitar que a competição seja denegrida por reclamações sem consistência. “Reclamar da qualidade do gramado, por exemplo, enfim de coisas que mostrem o lado negativo do torneio em vez de falar dos aspectos positivos”, disse.

R7

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