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Chile bate Colômbia após duas horas de interrupção e revê Argentina

Com os colombianos superados, o Chile agora se preocupa em se recuperar do exaustivo jogo em Chicago para encarar os argentinos no domingo

Por Campelo Sousa

23/06/2016 às 10h15

Chile derrota Colômbia e vai à final, após jogo de quatro horas

A Copa América Centenário terá os mesmos finalistas do torneio continental disputado no ano passado. Atual campeão, o Chile derrotou a Colômbia por 2 a 0, com gols marcados por Aránguiz e Fuenzalida no princípio da partida desta quarta-feira, em Chicago, para se garantir na decisão contra a Argentina.

A semifinal vencida pelos chilenos foi marcada por uma longa interrupção entre o primeiro e o segundo tempos. Em virtude de uma tempestade, o reinício da partida acabou atrasado em cerca de duas horas. Quando enfim a bola voltou a rolar, a Colômbia viu abalada as suas chances de reação pela expulsão de Carlos Sánchez.

Com os colombianos superados, o Chile agora se preocupa em se recuperar do exaustivo jogo em Chicago para encarar os argentinos no domingo, em Nova Jérsei. As duas seleções já se enfrentaram nesta Copa América – na primeira rodada do grupo D, a Argentina ganhou por 2 a 1, mesmo com o desfalque do astro Lionel Messi.

Por sua vez, a Colômbia terá que se conformar com a disputa do terceiro lugar da Copa América antes de voltar as suas atenções às Eliminatórias para a Copa do Mundo. O compromisso será contra os anfitriões Estados Unidos, já no sábado, em Glendale.

O jogo – O Chile não demorou muito a justificar o interesse que despertou nos torcedores norte-americanos após golear o México por 7 a 0. Em 10 minutos, já vencia a Colômbia por 2 a 0 e dava indícios de que poderia humilhar mais um adversário na Copa América.

O primeiro gol foi anotado aos seis minutos, quando Fuenzalida avançou pela direita, brecou para limpar a marcação e fez o cruzamento. Cuadrado tentou ajudar a defesa colombiana, mas cabeceou errado. Aránguiz aproveitou para se desvencilhar da marcação e concluir para dentro da entrada da pequena área.

Pouco depois, o empolgado Chile voltou ao ataque com um chutão do goleiro Bravo. A bola parou nos pés de Alexis Sánchez, que clareou e bateu firme e rasteiro da ponta esquerda. Na trave. No rebote, Fuenzalida ficou com o gol aberto para conferir.

Assustada com o início de jogo avassalador do Chile, que continuava a incomodar o goleiro Ospina, a Colômbia tinha a missão de restabelecer o seu controle emocional. Cuadrado, por exemplo, chegou a discutir asperamente com Jara após uma disputa de bola.

Não muito tempo mais tarde, no entanto, os colombianos criaram as suas primeiras oportunidades de gol. Aos 22 minutos, Roger Martínez foi lançado por James Rodríguez, invadiu a área e chutou cruzado. Claudio Bravo defendeu.

Para renovar as esperanças da Colômbia, o Chile ainda sofreu um desfalque. Pablo Hernández contundiu o tornozelo em uma dividida e precisou ser substituído por Pulgar.

Os colombianos, então, aumentaram a pressão para cima dos chilenos. Na chance derradeira da etapa inicial, Carlos Sánchez arriscou a finalização de longa distância e parou na intervenção de Bravo, com as pontas dos dedos. O goleiro levou a melhor também nos cruzamentos que se seguiram.

No intervalo, contudo, tudo esfriou. O prenúncio de uma tempestade no Soldier Field, com diversos alertas aos torcedores que estavam nas arquibancadas, obrigou a seleção do técnico argentino José Pékermann a aguardar para dar continuidade à sua reação. Após cerca de duas horas de espera, com muito trabalho da organização do torneio para secar o campo, o jogo foi reiniciado.

Quando enfim retornou ao gramado, a Colômbia tinha Marlos Moreno no lugar de Cardona. Mas logo sofreu um abalo. Aos 11 minutos, Carlos Sánchez cometeu uma falta em Aránguiz e recebeu o cartão amarelo do árbitro salvadorenho Joel Aguilar, que já não se lembrava de ter punido o mesmo jogador no primeiro tempo. O colombiano acabou expulso.

Mesmo com a desvantagem numérica, a Colômbia não tinha outra alternativa a não ser se lançar ao ataque. Pékerman viu o seu time se esforçar para acuar o Chile e investiu na entrada de Sebastián Pérez na vaga de Fabra. O seu compatriota Juan Antonio Pizzi respondeu com a troca de Fuenzalida por Puch.

Apesar de a Colômbia até ter sido envolvente em alguns momentos, já com a substituição de Cuadrado por Bacca, ainda faltava contundência para ao menos descontar o jogo em Chicago. Com tranquilidade, o Chile soube administrar a partida e garantir a defesa do seu título no fim de semana.

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