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Do luto à luta: 50 dias após tragédia, meninos do Flamengo recomeçam e estreiam no Carioca

Com vários sobreviventes do incêndio no Ninho do Urubu, equipes sub-15 e sub-17 do Rubro-Negro voltam a jogar neste sábado e enfrentam o Bangu na Gávea

Por Globo Esporte

30/03/2019 às 07h20

Um dos feridos no incêndio, Cauan faz parte da equipe sub-15 (Foto: Arquivo Pessoal)

“Do luto à luta”. Esse foi o tema de uma palestra para funcionários das categorias de base do Flamengo após a tragédia no Ninho. E é esse o sentimento hoje dentro do clube. Depois de o sub-20 voltar às atividades, neste sábado será a vez das equipes sub-15 e sub-17 do Rubro-Negro – categorias afetadas diretamente pelo incêndio – recomeçarem sua história. Um passo importante e fundamental para a garotada cinquenta dias após o incêndio que matou 10 jovens no CT.

Os garotos do Ninho estreiam no Campeonato Carioca de cada categoria em dois jogos contra o Bangu, na manhã deste sábado, na Gávea. Às 9h, a equipe sub-15 entra em campo. Em seguida, às 10h45, será a vez do time sub-17. O Flamengo não cobra ingressos, e os portões estarão abertos para a torcida. No entanto, devido a obras na arquibancada, há restrições quanto ao número de torcedores.

Não há homenagens programadas por parte do Flamengo. Apenas o luto na camisa que está nos uniformes de todas as categorias, incluindo a profissional – o símbolo será usado durante toda a temporada. O clube entende que os tributos foram realizados no Fla-Flu da Taça Guanabara e é hora de seguir em frente, ir à luta. O que não impede que a torcida faça mais homenagens.

Quase todos sobreviventes relacionados
Os meninos tiveram um mês de férias após o incêndio e se reapresentaram no dia 11 de março. Desde então, estão treinando no CT do Audax. Quase todos os sobreviventes estão relacionados para as partidas contra o Bangu. Um deles é Cauan, do time sub-15. Um dos três feridos no incêndio, o atacante decidiu ficar no Rio de Janeiro, apesar da interdição do CT para os jovens e do impasse de moradia para os atletas de fora da cidade. O cearense ficará sob os cuidados de seu empresário até que todas as questões sejam resolvidas.

Decisão diferente tomou seu conterrâneo, Francisco Dyogo. Outro ferido no incêndio, o goleiro, que ficou internado uma semana após a tragédia, decidiu retornar ao Ceará devido à decisão do Ministério Público, que proibiu a presença e o pernoite de menores de idade no CT por tempo indeterminado. Além dele, os sobreviventes Kennedy Lucas, Pablo Ruan, João Gasparin e Jean Carlos tomaram o mesmo caminho.

Jhonata Ventura é o único entre os feridos que segue internado. O jovem teve cerca de 30% do corpo queimado e ficou quase um mês em tratamento intensivo no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Atualmente, continua a recuperação no Hospital Vitória, na Barra da Tijuca, também na Zona Oeste, onde já foi visitado por jogadores do profissional do Flamengo, como Diego e Juan por exemplo.

O Ninho do Urubu está fechado para crianças e adolescentes desde o dia 13 de fevereiro e não tem previsão de liberação para que os atletas da base voltem a treinar e morar no local. Enquanto isso, outras 25 famílias buscam uma solução para que os jovens não deixem o Flamengo. O clube segue avaliando diariamente a situação da hospedagem em hotel no Recreio dos Bandeirantes, mas a tendência é que muito em breve as famílias tenham que seguir na cidade por conta própria.

Fonte: Globo Esporte - https://globoesporte.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/futebol/campeonato-carioca/noticia/do-luto-a-luta-50-dias-apos-tragedia-meninos-do-flamengo-recomecam-e-estreiam-no-carioca.ghtml

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