header top bar

section content

Clubes exigem eleição na Federação Paraibana e acusam interventores de golpistas

Documento de manifestação foi assinado por 48 agremiações, dentre profissionais e amadoras. Treze, Campinense e CSP são os únicos times da 1ª divisão do Paraibano

Por

29/08/2014 às 07h40

A Federação Paraibana de Futebol (FPF) recebeu  um documento de manifestação, assinado por 48 clubes e ligas de futebol amador, exigindo a organização urgente, por parte da Junta Administrativa que comanda a entidade, de um processo eleitoral. Das equipes que disputam a primeira divisão do Campeonato Paraibano, apenas Treze, Campinense e CSP assinaram o manifesto. Procurado pela reportagem, um dos interventores da FPF, Ariano Wanderley, revelou que estava organizando o processo eleitoral.

As agremiações amadoras e profissionais, baseadas em artigos do estatuto da FPF e da CBF e ainda do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, querem que o edital das eleições seja publicado em, no máximo, dez dias. Segundo o estatuto da entidade estadual, as eleição para a próxima gestão à frente da entidade deveria ter sido realizada em agosto, quarto mês anterior ao fim do mandato vigente, como versa o documento estatutário. Caso a última presidente eleita, Rosilene Gomes, estivesse no cargo, a gestão se encerraria no dia 31 de dezembro desse ano. 

No documento, os clubes e as ligas também reclamam da negligência da Junta Administrativa em não se preocupar com o processo eleitoral. E ainda acusa os interventores Ariano Wanderley, João Máximo e Eduardo Faustino de estarem arquitetando um golpe na entidade: "este é o desejo de todos os clubes que subscrevem o presente instrumento, por ser a medida de verdadeira justiça para o restabelecimento da ordem no futebol paraibano, evitando assim um verdadeiro golpe à democracia e ao desporto, que vem sendo arquitetado pelos interventores".

As agremiações ainda acusam a Junta de estar favorecendo futuros candidatos. Caso as exigências não sejam atendidas, os clubes prometem buscar uma intervenção por parte da Confederação Brasileira de Futebol, na instituição maior do futebol paraibano.
Entenda o caso

A juíza Renata da Câmara ordenou o afastamento de Rosilene Gomes da presidente da FPF no dia 3 de abril, por suspeitar de possíveis irregularidades na eleição da ex-dirigente para o cargo. A magistrada designou também para ficar à frente da entidade uma Junta administrativa, que é formada por três auditores: Ariano Wanderley, João Máximo Malheiros Feliciano e Eduardo Fausto Diniz.

Inicialmente, a decisão de Renata da Câmara dizia que a permanência da Junta Administrativa seria de 90 dias, extensível por mais 30 dias. Ao final do prazo, a juíza decidiu prorrogar mais uma vez este prazo, agora por tempo indeterminado.

Globo Esporte

Tags:
Recomendado pelo Google: