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Mesmo com um a menos, Santos domina o São Paulo e vence na vila

Com nó tático de Claudinei em Muricy, Peixe envolve rival e constrói vitória tranquila que mantém o sonho do G-4. O Tricolor fica a perigo

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03/10/2013 às 07h13

No retorno de Muricy Ramalho à Vila Belmiro, quem brilhou foi o sucessor Claudinei Oliveira. Com uma defesa bem armada e um ataque rápido e mortal, o Santos não se intimidou nem mesmo com a superioridade númerica do rival desde o primeiro tempo. Com gols de Edu Dracena, Thiago Ribeiro e Léo, venceu o São Paulo por 3 a 0, na noite desta quarta-feira, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Além de reaproximar o Peixe do G-4, o resultado deve servir para dar mais tranquilidade a Claudinei Oliveira. Pressionado por causa dos últimos tropeços, o comandante foi criticado publicamente por um dos membros do Comitê Gestor do clube, que afirmou que a equipe precisava de um "técnico com T maiúsculo". A vitória com V maiúsculo no clássico recoloca o Peixe na briga por uma vaga na Libertadores do ano que vem – é o sexto colocado com 36 pontos, cinco atrás do Atlético-PR, que está em quarto lugar.

No São Paulo, toda a empolgação por causa do retorno de Muricy ao clube já dá lugar novamente à preocupação. Com 27 pontos, a equipe, que agora soma três derrotas consecutivas, se manteve na 16ª posição e pode retornar à zona de rebaixamento nesta quinta-feira, caso o Vasco vença o Internacional, em Macaé, no Rio de Janeiro.

Na próxima rodada, o São Paulo encara o Vitória, sábado, no Morumbi, às 21h (de Brasília). Domingo, às 18h30m, o Santos terá outro clássico paulista pela frente: enfrenta a Portuguesa, no Canindé.

À la Muricy, Peixe consegue vantagem

O clássico colocou frente a frente dois adversários que, independentemente da posição na tabela, precisavam de um resultado positivo para recuperar o prestígio abalado por recentes tropeços. Com o gramado molhado e o meio de campo congestionado, Santos e São Paulo buscaram o jogo pelas laterais nos primeiros minutos. Aos oito, Luis Fabiano teve ótima chance para abrir o marcador, ao completar cruzamento de primeira e obrigar Aranha a fazer grande defesa.

Depois de tentar chegar ao gol em chutes de longa distância, com Willian José, Thiago Ribeiro e Cícero, o jovem Santos de Claudinei Oliveira usou uma tática bastante trabalhada por Muricy Ramalho para abrir vantagem: a bola parada. O Peixe se aproveitou da bagunçada defesa tricolor para pressionar e conseguir abrir o marcador. Após três lances idênticos, em cruzamentos de escanteio da esquerda, Edu Dracena ganhou de Paulo Miranda e subiu sozinho para desviar de Ceni: 1 a 0.

Em dois lances de contra-ataques, ambos puxados por Thiago Ribeiro, o Peixe perdeu grande chance de ampliar diante de um adversário praticamente entregue em campo. Aos 42, Alison deu carrinho por trás em Douglas e acabou expulso pelo árbitro Ricardo Marques Ribeiro. Com um a mais em campo, o Tricolor fez nos minutos finais o que pouco havia conseguido: criar jogadas ofensivas. Mas a bola não queria entrar. Após chute de Rodrigo Caio e rebote de Aranha, Douglas, livre na pequena área e com o gol vazio, entrou para o Inacreditável Futebol Clube ao mandar por cima.

Claudinei acerta defesa, e Cicinho resolve

Com um jogador a menos, o Santos voltou para o segundo tempo com postura mais defensiva. Formando duas linhas de quatro na defesa, o Alvinegro até deu campo para o São Paulo sair mais para o jogo, mas, com uma marcação eficiente na dupla Jadson e Ganso, praticamente não sofreu perigo. E conseguiu ser mortal nos contra-ataques. 

Apostando na velocidade de Cicinho pela direita, o Peixe ampliou o marcador aos 14 minutos. O lateral avançou nas costas de Reinaldo e cruzou para Thiago Ribeiro, que deu toque de categoria de primeira, com força suficiente para tirar de Rogério Ceni: 2 a 0.

Atrás no marcador e precisando vencer para não se reaproximar da degola, Muricy tentou mexer na estrutura da equipe. De uma vez só, sacou Osvaldo, que não marca desde fevereiro, e Edson Silva para as entradas de Lucas Evangelista e Aloísio, respectivamente. Mas a alteração não fez com que os meias conseguissem entrar na partida e levassem perigo ao bem postado sistema defensivo alvinegro.

Sem sofrer pressão, o Santos controlou bem o clássico e deu seu último golpe nos minutos finais. Novamente com Cicinho pela direita. A ala foi até a linha de fundo e cruzou rasteiro para o meio da área. Léo apareceu como centroavante entre os defensores e desviou para o fundo do gol. Festa na Vila, gritos de "olé" e vitória com V maiúsculo para o currículo de Claudinei Oliveira.

GE

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