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Mari Paraíba se adapta à areia e ao biquíni: "Beleza não ajuda em nada"

Ex-ponteira do Minas sofre com as dores para jogar na praia, diz que quer secar e ganhar músculos para melhorar seu condicionamento físico

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10/01/2013 às 10h02

De top, short e cabelo preso, Mari Paraíba chegou quase desfilando ao local de treino. Embora tentasse ser discreta, atraiu olhares de viés enquanto passava. Quando ficou apenas de biquíni, seu novo uniforme de trabalho, chamou ainda mais atenção. Mesmo à vontade diante de câmeras e holofotes desde que posou nua para uma revista masculina, a ex-ponteira do Minas ainda se adapta à nova rotina. Com saudade do esporte desde a aposentadoria, iniciada ao fim da última edição da Superliga e oficializada em setembro passado, a paraibana aceitou o convite de um amigo e decidiu investir em uma nova carreira. No dia 2 de janeiro, a jogadora iniciou oficialmente sua trajetória no vôlei de praia. Clique no mosaico para ver a galeria de fotos!

Sofrendo com uma lesão no joelho, a atleta não pôde ajudar o Minas nos playoffs da Superliga 2011/12. De casa, assistiu à queda do clube nas semifinais e percebeu que não voltaria mais às quadras. Não sentia mais a alegria de antes. Nem falta da rotina de treinos e competições. Mas a visibilidade que ganhou por sua beleza continuou a render frutos, e o convite para posar para uma revista masculina caiu como uma luva. Estampou a capa da edição de julho e deixou o vôlei de lado em prol da carreira artística.

Enquanto as oportunidades surgiram, Mari as aproveitou. Mas percebeu que sentia falta do esporte. Não da quadra, especificamente, mas do vôlei em si. Aceitou um convite do amigo Alexandre Peres e foi bater uma bolinha na praia. Recebeu bem a ideia de tentar a sorte na areia e, após conversa e testes com o técnico Ednílson Costa, passou a treinar na escola de Educação Física do Exército (Esefex), na Urca.

– Eu uni o útil ao agradável. Eu sentia falta do vôlei, mas também tinha certeza de que não queria voltar para a quadra. Comecei o trabalho aqui e adorei já no primeiro dia. Estou amando tudo e superfeliz, mesmo sofrendo um bocado agora. Meu corpo está completamente dolorido. Correr na areia é muito difícil, e minha panturrilha ainda dói muito. Mas acho que é tudo costume, e com o tempo vou me adaptar, assim como foi com a quadra. Vou trabalhar para tentar evoluir o mais rápido possível.

Nesta terça-feira, a paraibana treinou apenas de biquíni pela primeira vez desde que começou o trabalho. Usou um modelo comprado especialmente para os treinos, confortável o bastante para não comprometer sua mobilidade. No momento, está é a única preocupação da jogadora em relação ao novo “uniforme”. Deixando a timidez de lado, Mari se diz a vontade e sem medo de ouvir piadinhas.

– Na praia, não tem como treinar de short e, querendo ou não, tem que estar em forma, tem que estar leve. Vou até ter que dar uma secada e ganhar musculatura. A torcida às vezes vê o biquíni de uma forma mais sexy, mas vejo como algo natural deste ambiente. E nem é biquíni, é sunquíni (risos). Ainda não pensei como vai ser, mas vou encarar normalmente. Acho que tudo ficou mais natural depois de posar nua. O biquíni não vai ser problema.

Bastante serena, a atleta posou para o ensaio com a desenvoltura que exibiu nos meses em que apareceu mais na mídia como modelo. Vaidosa, conferiu o resultado com o fotógrafo, mas garantiu que, apesar dos cuidados com a pele e a alimentação, todos os esforços serão voltados para a melhora de seu desempenho na areia.

Apesar da ótima forma que mostra nas fotos, Mari afirma que precisa ganhar massa muscular e perder alguns quilos para ganhar mais mobilidade para competir.

– Dentro de quadra a beleza não ajuda em nada, mas fora pode ser um ponto a favor para ter patrocínio, propagandas. Estou aberta a tudo, porque o que vier daqui para frente será lucro. Vou agarrar essas oportunidades, mas quero me empenhar acima de tudo para jogar bem e não ser só um rostinho bonito. Quando você entra no esporte não dá para pensar em ficar com o corpo assim ou assado, mais feminino ou mais masculino. A carga de treinamento é completamente diferente, o esforço é muito maior aqui do que na quadra. Acho que posso ficar mais forte, mas é difícil ficar musculosa. Mas não ligo. Se tiver que ficar musculosa, eu fico. Se tiver que ficar um palito, eu também fico. O importante é ficar na melhor condição possível de jogo.

Globoesporte.com

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