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Ex-mulher de Romário relembra assédio feminino durante casamento

Mônica Santoro acompanhou o marido durante carreira na Europa e conta detalhes da relação do casal durante os sete anos de casamento

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23/08/2011 às 10h49

Mônica Santoro casou-se aos 17 anos, Romário tinha 22. Quando o craque foi contratato pelo PSV por U$ 5 milhões, na época, a contratação mais cara de um jogador brasileiro, e os recém-casados logo foram morar na Holanda. Anos depois, Mônica o acompanhou até a Espanha, onde jogou pelo Barcelona. Ela relembra o assédio ao ídolo durante os anos em que moraram na Europa.

– Um jogador de futebol é super assediado, é uma coisa de louco. A mulherada passava trote, mandava cartas, era uma loucura. Aí atendia o telefone, era xingamento, ou então fofoca, contando as coisas, não sei o quê. Desde o namoro sempre teve muita fofoca, o Romário sempre foi muito mulherengo, então você releva daqui. Chega uma hora que eu acho que chega ao limite porque você pensa: na minha cabeça, um dia, com o amadurecimento e tudo, o Romário ia, de repente, parar um pouco e ia melhorar com isso. E eu vi que quanto mais a fama aumentava, mais isso piorava. 

Destaque na Copa de 1994, o Baixinho ajudou o Brasil a conquistar o tetracampeonato, no Estados Unidos. Depois do sucesso no Mundial, Romário quis voltar para o Rio de Janeiro. Mônica não concordava.

– Para mim seria muito mais fácil continuar com um tetracampeão, fingindo que estava super bem casada, com uma família linda. A idolatria era muito grande, e eu até entendo o Romário, e como qualquer outro jogador, entendo perfeitamente. Não entendia como esposa, não entendia, isso aí é outra coisa. Mas eu entendo perfeitamente, é muito difícil você lidar, é dinheiro, fama, carro. São muitas coisas que deixam a pessoa deslumbrada.

Após sete anos de casamento, eles decidiram se separar. Para Mônica, que abriu mão de sua vida profissional para se dedicar ao marido, a dependência financeira pesou na hora da escolha.

– Tudo muda muito. Por isso, tem que ter muita coragem porque muda muito. Todo mundo sabe que quando você separa, claro que é diferente, você não está mais ali casada, não está recebendo diretamente. Não trabalhei enquanto estava casada. Nem ele, na época, admitiria que eu trabalhasse, não podia passar nem batom. Ele não gostava que eu usasse nem batom. Tinha briga até por causa disso, não sei o quê. Sapato alto, não podia usar. Porque o jogador de futebol, engana-se quem pensa que não, mas é machista.

GLOBO.COM

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