Empresas de comunicação demitem e massacram jornalistas, denuncia sindicalista da Paraíba
As empresas alegam que a culpa é da crise econômica do Brasil, da crise do jornal impresso, etc. Diz a nota.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba emitiu nesta quinta-feira (04), uma nota de repúdio quanto as crescentes demissões que afetam a categoria.
Veja nota!
Em 2015, as empresas de comunicação da Paraíba demitiram cerca de 25 jornalistas e outros tantos funcionários. Neste início de 2016, mais demissões. Até agora, já estão confirmadas pelo menos 15 só entre os jornalistas de João Pessoa e Campina Grande, espalhando um clima de terror e aumentando os casos de assédio moral nas redações.
As empresas alegam que a culpa é da crise econômica do Brasil, da crise do jornal impresso, etc. A verdade, porém, é que elas obtêm altíssimos lucros pagando baixos salários aos jornalistas, forçando-os a atuar em vários veículos do mesmo grupo, sobrecarregando-os para dar conta do trabalho dos demitidos ou contratando ilegalmente pessoas sem registro profissional, estagiários e até jovem aprendiz.
Este discurso mentiroso de crise, aliás, é um velho conhecido. Em todas as campanhas salariais, ao longo dos anos, as empresas sempre alegaram que "trabalham no vermelho". Ao mesmo tempo, fazem muita propaganda do tipo: "somos líderes de audiência", "jornal mais vendido", "site mais acessado". Concretamente, não param de expandir seus negócios para áreas como TV por assinatura e abocanham novas concessões de TV aberta, transformando-se em impérios midiáticos com grande poder político, inclusive.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba repudia essa onda de demissões e irá requerer ao Ministério Público do Trabalho a reversão desses atos irresponsáveis e imotivados. Vamos defender o emprego dos nossos colegas e condições dignas de trabalho para os jornalistas.
João Pessoa-PB, 04 de fevereiro de 2016
A DIRETORIA
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