Deputado Anísio Maia faz homenagem a sindicalista morta na porta de casa
Desde o último dia 05 até o dia 12 (segunda-feira), realizaram-se homenagens à memória de Margarida em sua cidade natal.
Nessa segunda-feira (12 de agosto), foi o Dia Nacional de Luta contra a Violência no Campo e pela Reforma Agrária. A data é uma referência aos exatos 30 anos, que foi assassinada a líder sindicalista Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande.
Margarida foi assassinada covardemente com um tiro de espingarda calibre 12 no rosto, à queima roupa, na porta de sua casa, na frente do seu filho de apenas oito anos. O impacto do disparo foi tão forte que destroçou seu rosto e seu crânio.
De acordo com o deputado Anísio Maia (PT), os mandantes do crime (grandes proprietários de terra da região) e os executores (conhecidos pistoleiros) jamais foram condenados, mesmo que seus nomes estivessem na boca de toda população local. São, portanto, 30 anos de impunidade e de conivência. A Ditadura Militar ainda estava implantada no País, e o Estado nada fez para proteger a vida de Margarida, que já vinha sofrendo claras ameaças de morte, nem proporcionou à sua família, amigos e trabalhadores rurais o direito à justiça e à indenização.
Desde o último dia 05 até o dia 12 (segunda-feira), realizaram-se homenagens à memória de Margarida em sua cidade natal. Foram cursos de formação para mulheres e jovens do campo, feira agrícola de produtos orgânicos e de artesanato, debates nas escolas, dezenas de atividades culturais e, por fim, um grande ato político na praça central, que contou com a presença de centenas de agricultores, militantes dos movimentos sociais, sindicalistas e autoridades.
A assessoria do deputado Anísio esteve presente ao ato político e pôde registrar especialmente o discurso emocionado do único filho de Margarida, Arimatéia, que viu sua mãe ser assassinada, e que declarou todo seu orgulho de ser filho desta lutadora paraibana, que, com seu sangue, deu uma grande contribuição para que os trabalhadores rurais pudessem equiparar diversos direitos já conquistados pelos trabalhadores urbanos, como carteira assinada, jornada de trabalho de oito horas, 13º salário, férias, entre outros.
Assessoria
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