SES oferece serviços de saúde e orienta população sobre tratamento para tabagismo
Muitos destes jovens ficaram impressionados com a drástica diferença entre órgãos, como pulmões e traqueias saudáveis e de pessoas fumantes
Alertar a população sobre os riscos e os danos provocados pelo tabagismo e encaminhar os fumantes interessados para os centros de tratamento existentes no Estado. Estes foram os principais objetivos da ação social promovida na manhã desta quarta-feira (29) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, no Shopping Tambiá, no Centro da Capital, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Fumo.
Fumante desde os 20 anos, a dona de casa Selma Pereira, de 62 anos, procurou a tenda montada no Shopping Tambiá, em busca de aconselhamento psicológico e orientação para se livrar do fumo. "Soube da ação pela televisão e vim buscar ajuda. Fiz tratamento uma vez, mas, por conta do stress do dia a dia, acabei fraquejando. Ações como esta são de extrema importância para incentivar pessoas como eu, que querem parar de fumar e não conseguem”, enfatizou.
Ela foi orientada a buscar tratamento no Cais de Jaguaribe, em João Pessoa, uma das seis unidades de saúde que oferecem o serviço na Capital. O tratamento para deixar de fumar é totalmente gratuito pelo SUS e nem todos os fumantes precisam fazer uso de medicamentos para acabar com o vício. Para obter mais informações sobre o serviço, o cidadão pode entrar em contato com a SES por meio do telefone 3218.7324.
Além da orientação e do aconselhamento psicológico, as centenas de pessoas que passaram nesta manhã pela tenda da SES, no Shopping Tambiá, puderam contar com serviços de saúde como verificação da pressão arterial, teste de Fargestrom (que mede o grau de nicotina do organismo), teste de glicemia, teste do espirômetro (que mede a capacidade do oxigênio no organismo), exposição de peças anatômicas e distribuição de material educativo/informativo; serviços desenvolvidos em parceria com Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) com as Faculdades Facene, Famene e Associação Médica da Paraíba.
De acordo com a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Gerlane Carvalho, a ação de combate ao tabagismo em um local com tamanho fluxo de pessoas, especialmente de jovens, é fundamental para a prevenção junto às novas gerações. "Mesmo quem não é fumante acaba se interessando pelo que está sendo exposto e recebe as devidas orientações em relação aos riscos e danos provocados pelo cigarro”, afirmou.
Muitos destes jovens ficaram impressionados com a drástica diferença entre órgãos, como pulmões e traqueias saudáveis e de pessoas fumantes, expostos por alunos das Faculdades Facene e Famene, durante a ação de saúde em João Pessoa.
Tratamento – Os hospitais de referência no Estado no combate aos tipos de câncer relacionados ao uso do tabaco – pulmão, esôfago e laringe – são o Napoleão Laureano, Oncoclínica e Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa; e Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (Fap) e Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande.
Em todo estado, o tratamento para o tabagismo é oferecido em 37 municípios (Alagoinha, Areia, Aroeiras, Bananeiras, Bayeux, Belém, Bonito de Santa Fé, Caaporã, Cabedelo, Cajazeiras, Campina Grande, Catolé do Rocha, Caturité, Cuité, Esperança, Guarabira, Itabaiana, João Pessoa, Juru, Lagoa Seca, Lucena, Monteiro, Patos, Pedras de Fogo, Piancó, Pocinhos, Pombal, Princesa Isabel, Queimadas, Remígio, Santa Luzia, Solânea, Soledade, Sumé, Sousa, Taperoá e Tavares) e sete que serão instalados (Alhandra, Barra de Santana, Lastro, São Bento, Santa Rita, Sapé e Sobrado). Todos esses Centros são de responsabilidade das prefeituras e entre as funções do Governo do Estado estão capacitar, monitorar e repassar medicamentos.
Dados – De acordo com o Inca, na Paraíba há 511.480 fumantes e mais de 99 mil deles (19,49% do total) estão em João Pessoa. Em todo o Estado, mais de 2,5 mil pessoas morrem por ano em decorrência do uso do cigarro. O tabagismo é um dos fatores de risco mais fortes para o aparecimento de câncer na população paraibana – a segunda causa de morte. De 2001 até agora, o câncer foi responsável por mais de 25.200 mortes na Paraíba.
Secom
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