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Desconhecido ameaça funcionários do SAMU e policial militar tenta prender médico. VEJA!

Em depoimento na delegacia, o médico afirmou que um dos policiais não quis ouvir os socorristas: "Queria levar para delegacia"

Por Campelo Sousa

17/08/2016 às 16h56 • atualizado em 17/08/2016 às 18h04

Linhas do SAMU já voltaram a funcionar em Sousa (foto: Diário do Sertão)

Uma solicitação de ocorrência registrado por volta das 01:10h desta quarta-feira (17) no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) terminou na delegacia de polícia civil de Sousa.

Profissionais do SAMU afirmaram que o homem que não se identificou, solicitou a ocorrência através do número de emergência 192, porém, não informou em nenhum momento o local da ocorrência, apenas fazia ameaças. O homem chegou ao SAMU em uma moto e continuou ameaçando os funcionários.

O vigilante do órgão acionou a polícia militar, que escoltou a ambulância até o local, mas a mulher de 55 anos já estava morta.

Em depoimento na delegacia, o médico afirmou que um dos policiais ao chegar no SAMU não quis ouvir os socorristas:

“Ele chegou dizendo que iria me prender por omissão de socorro, sem sequer apurar como aconteceu o caso, tentei falar com ele, mas ele já foi logo afirmando que iria levar todos para delegacia”, destacou o médico.

O caso está sendo investigado pela polícia civil na cidade de Sousa.

A Regulação do SAMU
Em contato com a reportagem do Diário do Sertão o médico deu dicas importantes de como o solicitante deve agir quando ligar para o número de emergência 192:

“Ao discar 192, sua ligação será atendida pela Central de Regulação Médica de Urgência. Em um primeiro momento, a telefonista vai fazer algumas perguntas: motivo da ligação, endereço, município, ponto de referência e, em caso de acidentes, o número de vítimas. Alguns telefonistas do SAMU já utilizam protocolos de triagem para encaminhamento mais rápido do chamado ao médico regulador. Posteriormente, a ligação é transferida para um médico regulador, que faz o provável diagnóstico, orienta sobre as primeiras ações e avalia a necessidade de envio de uma ambulância. Esta avaliação é feita a partir das informações que você fornecer por telefone, por isso é necessário estar junto ao local em que se encontra o paciente. Esta norma, preconizada pelo Ministério da Saúde, tem por objetivo garantir o encaminhamento mais adequado e permite que o médico regulador vá prestando as primeiras recomendações sobre o socorro, ainda pelo telefone, enquanto a pessoa aguarda a chegada da ambulância”, disse ele.

DIÁRIO DO SERTÃO

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