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Emocionada, tia de criança atropelada em Cajazeiras diz que corpo só foi liberado 14 horas depois porque ‘rabecão’ está quebrado e delegado teve que ‘ameaçar’ médico para assinar laudo – Vídeo!

Tragédia que abalou Cajazeiras traz dor para a família e revela mais um episódio de angústia devido a problemas no sistema de Medicina Legal da região

Por Jocivan Pinheiro

16/06/2017 às 15h17 • atualizado em 16/06/2017 às 15h24

A tragédia que abalou Cajazeiras na noite da quarta-feira (14), quando a pequena Maria Evillyn, de apenas 3 anos de idade, foi atropelada e morta por um caminhão no Bairro dos Remédios, além de trazer muita dor para a família que perde um ente querido, revela também mais um episódio de angústia devido à precariedade do sistema de Medicina Legal na região.

Não bastasse o sofrimento da tragédia, familiares tiveram que esperar pelo menos 14 horas até que um médico assinasse o laudo de óbito para que o corpo da criança fosse encaminhado ao Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) da cidade de Patos.

De acordo com Fabíola de Andrade, tia da pequena Evillyn, o médico só assinou o laudo mediante ‘ameaça’ do delegado de plantão que atendeu ao caso.

“Ainda teve um moído [sic] tão grande dos médicos que não queriam assinar o laudo para liberar o corpo dela para vir embora. Quando veio liberar, já veio liberar duas horas da tarde”, revelou a jovem.

Corpo da pequena Maria Evillyn chega ao cemitério

Mas a demora para transferir o corpo para Patos não foi culpa apenas do médico. Fabíola disse também que o único ‘rabecão’ (carro do Gemol) disponível no dia está quebrado. A informação foi confirmada pelo responsável pelos veículos da Delegacia de Cajazeiras, identificado como Luciano.

Por telefone, ele explicou à nossa reportagem que desde o início da semana o carro está em uma oficina para ser consertado. A previsão é de que até o final da tarde desta sexta (16) o veículo esteja à disposição.

VEJA TAMBÉM: Dor e sofrimento marcam último adeus a garotinha de 3 anos atropelada por caminhão em bairro da cidade de Cajazeiras

Carro do Gemol parado em oficina de Cajazeiras

Desespero e lágrimas

Ainda à nossa reportagem, Fabíola conta que o acidente aconteceu muito rápido. Segundo ela, a pequena Maria Evillyn e seu irmão estavam acompanhando a mãe que ia buscar água em outra rua, até que a criança correu para a pista e foi atingida violentamente pelo caminhão, que chegou a arrastá-la por alguns metros. O motorista fugiu sem prestar socorro.

“Foi uma cena muito triste, eu nunca me esqueço. O homem do carro fugiu, não quis saber, não deu socorro pra ela. Sentei do lado dela e fiquei chamando por ela. Ela ainda deu uma salvação [sic] com a mãozinha pra cima. Ela deu entrada com vida [no hospital]. Ainda escutei o chorinho dela, chorando na sala”, recorda a tia, aos prantos.

Familiares choram durante sepultamento

DIÁRIO DO SERTÃO

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