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Após fim de investigação sobre corrupção, CBF volta a escalar árbitros da Paraíba

Após veto de cerca de um mês aos árbitros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Pablo Alves vai apitar América-RN x Murici e José Maria Neto e Márcio Freire vão ser assistentes em Sousa x Central

Por Diário do Sertão

20/05/2017 às 08h43

Pablo Alves, árbitro, carioca, Paraíba (Foto: Hévilla Wanderley / GloboEsporte.com/pb)

Os profissionais do quadro de arbitragem da Federação Paraibana de Futebol (FPF) estão de volta às competições da CBF. Depois de passarem um período vetados dos principais torneios de futebol do país, um árbitro e dois assistentes da Paraíba foram escalados para dois jogos neste fim de semana, ambos válidos pela Série D do Campeonato Brasileiro. O fim do veto veio após o arquivamento do inquérito que investigava supostas irregularidades na arbitragem paraibana.

O árbitro Pablo Alves foi escalado para apitar a partida entre América-RN e Murici, às 16h do domingo, na Arena das Dunas, em Natal, pelo Grupo A9. Já os auxiliares José Maria Neto e Márcio Freire vão trabalhar no jogo entre Sousa e Central de Caruaru, às 17h do domingo, no Marizão, em Sousa, pelo Grupo A7. Os dois confrontos são válidos pela rodada de abertura da Série D.

As escalações desses três profissionais representam o retorno da arbitragem da Paraíba aos jogos da CBF após um afastamento de aproximadamente um mês. Eles estavam vetados desde que o Tribunal de Justiça Desportiva de Futebol da Paraíba (TJDF-PB) abriu um inquérito para investigar a suspeita de corrupção na arbitragem local.

Mas na última sexta-feira, a auditora Nilza Caroline, do TJDF-PB, recomendou o arquivamento do processo. Com isso, a CBF voltou a escalar árbitros da Paraíba em suas competições. Através da sua assessoria de imprensa, a FPF ainda lembrou que o seu presidente, Amadeu Rodrigues, esteve diversas vezes no Rio de Janeiro, para conversar com o presidente Marco Polo Del Nero, para tentar reverter a suspensão à arbitragem paraibana.

Entenda o caso
Um áudio (escute abaixo) atribuído ao zagueiro Walter, ex-Botafogo-PB, detalha o que parece ser um esquema de compra de árbitros que seria orquestrado por dirigentes do Belo em 2015. O arquivo de áudio se tornou público no dia 20 de março deste ano e rapidamente se espalhou.

No áudio, relata-se como se dava o esquema e é citado o então vice-presidente do clube pessoense, Breno Morais (atualmente diretor de futebol botafoguense), como um dos envolvidos.

Quando a polêmica já estava instaurada, surgiu um segundo áudio, este sim declaradamente gravado por Walter, em que ele nega ser o autor do primeiro.

Mas a confusão já estava formada. O Botafogo-PB levou o caso à Polícia Civil e quer que o arquivo de áudio seja periciado para saber se foi mesmo o jogador quem o gravou. E, se declarando inocente, avisa que vai tomar as medidas judiciais caso fique comprovado que o jogador é mesmo o autor.

O Auto Esporte, por sua vez, citado como um dos prejudicados pela arbitragem, pediu uma rígida apuração do caso por parte da FPF e destacou que “há fortes indícios de que a denúncia seja verdadeira”.

O TJDF-PB, então, abriu inquérito para investigar o caso, o que levou a CBF a vetar os árbitros paraibanos de suas competições enquanto o processo estivesse em andamento. Com o arquivamento da denúncia, os profissionais de arbitragem da Paraíba voltaram a ser escalados.

GE

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