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Recibos de despesas de Temer estavam com acusado de receber propina

João Baptista Lima Filho é empresário e amigo de Temer. Ele é acusado de ser um dos interlocutores da propina no âmbito das delações da JBS.

Por Priscila Belmont

03/06/2017 às 08h00 • atualizado em 03/06/2017 às 02h51

Foto: Daniel Ferreira / Metrópoles

O cerco das investigações contra o presidente Michel Temer (PMDB) está cada vez mais fechado. Um amigo pessoal do peemedebista é apontado como receptor de propinas pelo executivo da JBS Ricardo Saud. João Baptista Lima Filho é empresário, coronel e amigo do presidente Temer desde a década de 1980. Em maio, ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão, no qual foram encontrados diversos comprovantes de despesas no nome de presidente e de seus familiares.

Segundo a reportagem, no escritório do coronel foram encontrados ao menos três pacotes. No material, ainda de acordo com a revista, “havia comprovantes de pagamento e recibos de despesas de familiares e também do próprio presidente da República”.

Em uma caixa plástica azul que estava no subsolo do prédio onde funciona a empresa de João Baptista Lima Filho, também havia recibos de pagamentos de serviços executados durante a reforma da casa da psicóloga Maristela de Toledo Temer Lulia, uma das três filhas do presidente.

No material apreendido havia ainda comprovantes de pagamentos antigos ligados ao presidente (um deles, de 1998), planilhas com ‘movimentações bancárias”, programação de pagamentos do escritório político do então deputado Michel Temer e uma coleção de reportagens “sobre corrupção e casos de propina”, como anotou o responsável pela busca. Todos os documentos estão em posse da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ricardo Saud afirmou para a Polícia Federal que entregou, em uma das empresas de João Lima, uma mala com R$ 1 milhão, em dinheiro vivo. A quantia seria parte de um acordo de R$ 15 milhões firmado com o presidente.
Nas palavras do delator, a entrega da mala foi “conforme indicação direta e específica de Temer”. Para os investigadores, foi reforçada a tese de que o coronel Lima, além de receber a propina, seria responsável por algumas movimentações financeiras do presidente.

Metrópoles

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