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PDT lança pré-candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República

Anúncio foi feito nesta quinta, em Brasília.

Por G1

09/03/2018 às 07h46

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (centro), pré-candidato do PDT à Presidência da República (Foto: Gustavo Garcia/G1)

O PDT lançou nesta quinta-feira (8) em Brasília a pré-candidatura do ex-governador do Ceará Ciro Gomes à Presidência da República.

O anúncio foi feito em entrevista à imprensa após reunião da Executiva Nacional do partido. No mesmo ato, o PDT lançou a pré-candidatura de Joe Valle ao governo do Distrito Federal.

Apesar de o lançamento ter acontecido nesta quinta, Ciro já era tratado como pré-candidato do PDT desde 2015, quando se filiou à legenda.

Mais cedo, nesta quinta, o DEM lançou o nome de Rodrigo Maia (RJ), presidente da Câmara dos Deputados. Em janeiro,o PT lançou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pré-candidato do partido à Presidência.

O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, durante discurso na sede do partido (Foto: Victor Gomes/G1) O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, durante discurso na sede do partido (Foto: Victor Gomes/G1)
O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, durante discurso na sede do partido (Foto: Victor Gomes/G1)

Discurso
Após ser anunciado pré-candidato, Ciro Gomes disse que tomará “muito mais cuidado” com as declarações que faz publicamente.

A carreira política dele foi marcada por várias polêmicas causadas por falas sobre a mulher e sobre o presidente Michel Temer, por exemplo (relembre mais abaixo).

“Fiz uma piada de extremo mau gosto, com o amor da minha vida, uma pessoa pela qual tenho um respeito intelectual, além do amor extremo, e por isso me desculpei. Mas eu estava marcado para morrer. E, como não podem dizer que eu sou ladrão, que eu sou incompetente, eu dei o queixo para bater”, disse.

“Desta vez, evidentemente, eu vou tomar muito mais cuidado, vou entender que não adianta nada ser brilhante se amanhã cometer [o erro de contar] piadinhas”, acrescentou.

Ciro também fez uma análise do cenário eleitoral, disse ter “similitude de valores” com o ex-presidente Lula, e afirmou que a disputa deve afunilar entre cinco candidaturas: a dele, a do petista, a de Marina Silva (Rede-AC), a de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e a de Geraldo Alckmin (PSDB-SP).

“Você tem o Bolsonaro tamponando a evolução do candidato real, da direita ‘civilizada’ do Brasil, que é o Alckmin, e o Lula tamponando a minha evolução. E, na medida em que um ou outro não esteja no processo, eu e Alckmin provavelmente dividiremos a disputa no segundo turno”, disse.

Questionado sobre uma eventual presença do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT-SP) na sua chapa, Ciro elogiou o petista, mas disse que “seria uma falta de respeito dizer que Haddad seria o vice dos sonhos, uma vez que o PT disse que terá candidato próprio”.

Indagado sobre se quer os votos que seriam de Lula, caso o petista não concorra, Ciro afirmou que quer o voto “de todos brasileiros”. “Eu ajudei Lula por 16 anos”, emendou.

O pedetista disse ainda que a prioridade de um eventual governo será “superar” a desigualdade e a miséria. Além de promover uma reforma fiscal, um novo desenho previdenciário, investir na infraestrutura, na reindustrialização do país, na construção civil, na educação e na segurança pública.

Carreira política
Se a candidatura de Ciro Gomes for confirmada, a eleição presidencial de 2018 será a terceira tentativa do político de chegar ao Palácio do Planalto.

Ciro concorreu nas eleições de 1998 e de 2002, mas jamais chegou ao segundo turno.

Atual vice-presidente do PDT, Ciro Gomes foi ministro da Fazenda entre setembro de 1994 e janeiro de 1995, período final do governo Itamar Franco e início do governo Fernando Henrique Cardoso.

Advogado, Ciro também foi ministro da Integração Nacional, entre janeiro de 2003 e março de 2006, no primeiro mandato de Lula.

Ex-governador do Ceará e ex-prefeito de Fortaleza, Ciro Gomes já foi deputado federal e está no sétimo partido desde que entrou para a política (também foi filiado a PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS).

Polêmicas
Ciro Gomes acumula algumas polêmicas em sua trajetória política.

Em 2002, por exemplo, quando concorreu à Presidência, disse que a então esposa, a atriz Patrícia Pillar, tinha um dos papéis mais “importantes”, que era “dormir” com ele.

Depois do episódio, Ciro pediu desculpas publicamente. “Peço desculpas, não pela brincadeira que estávamos a fazer, mas que ela esteja vendo de perto o que é a imundície da política”, afirmou o político à época.

Em outra ocasião, Ciro afirmou que, se o juiz federal Sérgio Moro tentasse prendê-lo, receberia a “turma” do juiz “na bala”.

Ele também já fez várias críticas a políticos adversários. O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – hoje preso pela Lava Jato – por exemplo, foi chamado por ciro de “maior vagabundo de todos”.

Além disso, Ciro chamou o presidente Michel Temer de “capitão do golpe”, ao se referir ao impeachment de Dilma Rousseff.

G1

Fonte: G1 - https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2018/noticia/pdt-lanca-pre-candidatura-de-ciro-gomes-a-presidencia-da-republica.ghtml

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