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Obras da Transposição na região de Cajazeiras avançam e maior túnel da América é perfurado. Confira aqui!

O projeto adota um sistema de perfuração com fogo controlado, conhecido como Método de Tunelamento Austríaco, que contribui para acelerar as obras.

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02/11/2014 às 13h24

Transposição no Sertão da PB

As obras da Transposição de Águas do Rio São Francisco registraram um grande feito na última quinta-feira (30), que foi a conclusão da perfuração do Túnel Cuncas I, numa extensão de 15,4 quilômetros, ligando o município de São José de Piranhas/PB ao município de Maurití/CE.

Os trabalhadores viraram à noite na comemoração dessa importante etapa da obra, em festa realizada na Granja Santana em Maurití-CE, que contou com a presença não só dos operários, mas de seus familiares.

A construção do maior túnel para transporte de água da América Latina, o Cuncas I, chegou aos 15,4 quilômetros depois de concluído.  A estrutura fica situada na divisa do Ceará com a Paraíba (São José de Piranhas-PB e Mauriti-CE) e faz parte das intervenções do Projeto de Integração do Rio São Francisco, que irá garantir abastecimento de água para mais de 12 milhões de nordestinos.

A expectativa, de acordo com o planejamento feito e pela garantia dada pela presidente Dilma Roussef, é de que ele seja concluído, incluindo as obras de acabamento em 2015. A obra desperta a atenção não só pelos resultados que trará no futuro, mas também pela estrutura de grande porte utilizada no projeto. Além de todo o aparato de mão de obra e equipamentos, ainda conta com uma moderna máquina importada da Finlândia para as escavações – a perfuradora de rocha intitulada Jumbo.

Com o objetivo de conduzir aproximadamente 83 mil litros de água por segundo, o túnel levará água para a Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, após passar pelo túnel -Cuncas II’. Para a condução dos recursos hídricos até os estados beneficiados, a estrutura possui uma interligação com um reservatório. É a barragem de Boa Vista, no município de São José de Piranhas-PB, que também está em construção.

O projeto adota um sistema de perfuração com fogo controlado, conhecido como Novo Método de Tunelamento Austríaco (NATM), que contribui para acelerar as obras. O planejamento distribuiu os operários em frentes de serviço simultâneas, nas duas extremidades dos túneis (entrada e saída). Na medida em que as perfurações avançavam, as equipes se deslocavam em sentidos opostos até se encontrarem as escavações. Com este método e o funcionamento em 24 horas, foi possível escavar 18 metros por dia.

DIÁRIO DO SERTÃO com Radar Sertanejo

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