header top bar

section content

Padre Djacy: Onde está sua força, governador?

Que vergonha! Que absurdo. Tombaram a igreja de Nossa Senhora dos Remédios, e com esse tal de tombamento morreu um pedaço significativo da história de Sousa, consequentemente, o sentimento de perda, de dor, de revolta aflige os corações dos sousenses: “ó vós, que passais pelo caminho, vede e julgai se existe dor igual, a dor […]

Por

25/06/2008 às 20h55

/Que vergonha! Que absurdo. Tombaram a igreja de Nossa Senhora dos Remédios, e com esse tal de tombamento morreu um pedaço significativo da história de Sousa, consequentemente, o sentimento de perda, de dor, de revolta aflige os corações dos sousenses: “ó vós, que passais pelo caminho, vede e julgai se existe dor igual, a dor que me atormenta”.

A memória histórica morreu? Por que morreu? E de quem é a culpa?O que está acontecendo que essa torre não sai? Onde está a causa de tanta demora? Ora a causa maior dessa morte chama-se empecilho burocrático. E Qual o remédio para a cura desse mal? Afinal, vão ou não vão reconstruir a torre da matriz, e com ela toda sua expressão cultural?

Antes de quaisquer palavras, elogio a coragem e o dinamismo de Padre Milton. O mesmo já tem feito sua parte. Para reconstrução dessa difícil torre, já correu, fez bingos e outras atividades com o fim de angariar recursos financeiros; brigou, arrumou desafetos e incompreensões. Ao Padre Milton, meus parabéns pela coragem e ousadia.

Se não reconstruíram a torre até agora, a culpa é da famigerada burocracia. Mas por que tanta burocracia por parte do iphaep? Qual o mais importante a memória histórica do povo ou a danada da burocracia? Por que o iphaep não libera de uma vez por todas, para que a comunidade possa, com sacrifício, suor, reerguer a torre? Por que tantas amarras? Que tanta dificuldade? Quais os motivos que levam a essa demora toda?

Agora, questiono. Onde está o governo do Estado que não tem força suficiente para destravar essa tal de engrenagem burocrática?

-Senhor governador, falta a vossa Excelência determinação, coragem, ousadia, valentia, nobreza e força para, numa caneta só, mandar o Instituto do patrimônio histórico da Paraíba liberar para que o povo católico de Sousa possa levantar essa torre e com ela seu pedaço significativo da história. Faça isso, governador. Olhe para o povo dessa cidade que clama pungentemente em defesa dessa igreja tão histórica. Onde está sua força governamental? Tem ou nem tem força para tal intento?

Na minha paróquia, seu governador, quem manda sou eu. Quando quero, a coisas acontecem mesmo contrariando interesses. Sabe o porquê? Porque tenho força e coragem para tomar decisões em defesa do povo. Senhor governador, saiba que o povo católico que tanta ama essa igreja está sofrendo, triste, desolado e o pior, Excelência, perdendo a esperança. O que está em jogo ,Vossa Excelência sabe, é a historia tão rica de expressões culturais imanentes nesse templo sagrado, tão amado e valorizado por essa gente das terras dos dinossauros.

Senhor governador, quem tem mais força para determinar a execução dessa obra? O Iphaep ou vossa Excelência? Vossa Excelência Tem ou não tem força para, repito, deixar o padre Milton e o povo livre para reconstruir essa torre? Pelo o amor de Deus, Excelência, tome uma decisão como governador. Faça o sonho dos fiés tornar-se realidade concreta e existencial.

Povo sousense, onde esta a força, a garra, a valentia de vocês? Una-se ao Padre da matriz e juntos vão `a luta.

Pressione ,grite,mobilize-se,se possível acampe em João pessoa em frente ao Iphaep ou na praça João pessoa,em frente ao palácio da redenção.Pois,pela minha experiência,percebo que a solução só virá através da pressão popular

Querido amigo e irmão padre Milton, sei do seu sofrimento, do seu esforço, garra e determinação. Sousa reconhece sua luta. E digo-lhe que, como padre encardinado na Diocese de Cajazeiras, conte com meu irrestrito e incondicional apoio. Quero, com modéstia à parte, colocar-me a sua disposição aproveitando do dom que Deus me deu, que é o dom de abraçar causas, para ajudar-lhe nessa empreitada tão difícil.

Nasci para brigar, lutar em defesa do povo de Deus. Sou movido à luta. Meu Hobbes é lutar e lutar! Então, se achar oportuno minha contribuição, entro na luta em defesa da reconstrução da torre, e dela só sairei com o trunfo da vitória.

“Quem sabe faz a hora e não espera acontecer.

anta Cruz, 24 de junho de 2008.

Padre Djacy Brasileiro

Tags:
Recomendado pelo Google: