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Padre de Cajazeiras defende políticos, taxa povo de corrupto e dispara: ¨Casamento gay é piada¨

O Padre Gervásio Fernandes Queiroga declarou também: ¨O vagabundermo sistema político que temos, é melhor do que qualquer Ditadura¨. Confira aqui

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19/08/2013 às 19h18 • atualizado em 17/07/2016 às 19h53

Padre Gervásio Fernandes Queiroga, habilitado em Filosofia, Teologia e Direito, com doutorado em Direito Canônico, professor aposentado da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e consultor jurídico da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) por 20 anos foi o entrevistado desta segunda-feira (19), da TV Diário do Sertão.

Natural de Uiraúna, o Padre Gervásio dedicou sua vida a Cajazeiras e trabalhou em várias paróquias da cidade, entre elas: Nossa Senhora da Piedade (Catedral) e Nossa Senhora de Fátima.

Gervásio disse que a vocação de padre foi desde o ventre da sua mãe. “Nunca quis outra coisa, nem quero. Nasci com essa ideia”. Ele disse que entrou no seminário da cidade de João Pessoa com 12 anos de idade.

O Dr. Gervásio declarou que aceitou ser professor após o ex-Papa se “licenciar” para também assumir a missão de ensinar. “Perdi o escrúpulo a partir daí. Porque sentia-me em falta com Deus quando saia da Igreja para assumir outra função”

O Padre lembrou que viveu no período da Ditadura Militar, mas mesmo sendo idealista, professor e apresentando um programa na Rádio Alto Piranhas em Cajazeiras não foi preso. “A imprensa divulgou que eu fui preso por 15 dias, mas nunca fui. Não fui censurado pelo Governo, mas pelos grandes latifundiários”

O ex-consultor jurídico revelou que recebeu ameaça de morte, mas não teve medo. “Recebi por carta e li para muita gente porque se morresse todos sabiam quem tinha me matado”.

Arrependimento
O Padre disse que só se arremede de não ser santo. “Fico triste por não ser santo”.

O educador declarou que a imprensa cria um mundo, que acha que é real, mas “a realidade não é como vocês pensam”

Igreja
Segundo o Padre, a Igreja não é dona da verdade, ela prega uma verdade que dói nela mesma. “O Padre tem que pregar uma coisa que ele não vive. O Papa Francisco não vai mudar nada. Ele me empolgou pelo exemplo de vida, mas não vai mudar a verdade”

O Padre assegurou que a Igreja não vive para agradar a humanidade, mas para pregar a verdade. “Não somos políticos para agradar”

Política
O Dr. Gervásio afirmou que não concorda com a “malhação” na política, pois, mesmo havendo corrupção, a democracia advém da política e onde tem povo tem pecado. “O povo é que corrompe os políticos”

“Não gostei desses protestos. Não concordo com a malhação aos políticos, pois queimar os partidos é preparar para uma Anarquia, uma Ditaduta. Queimar partidos é queimar a democracia, concordo que é preciso mudança na política”. Destacou o professor

O Padre disparou também: “O vagabundermo sistema político que temos, é melhor do que qualquer Ditadura. Passei 20 anos no sistema da Ditadura. Só fala de político quem não viveu. Não está tudo bem, tem que melhorar, mas a democracia é liberdade”

Casa
O professor falou sobre a fundação da Casa de Formação no Rio Grande do Norte, na cidade de Natal, que teve como aluno o também Padre de Cajazeiras Francivaldo Albuquerque. A Casa em Natal já tem 26 anos de fundação.

Gervásio é também fundador de uma Casa em Cajazeiras, que funciona ao lado da Faculdade de Ciências e Letras de Cajazeiras (FAFIC).

Casamento gay
O Padre disse que respeita, mas não concorda em alterar nada na pessoa humana e declarou: “Casamento gay é piada. A gente tem mania de trocar os nomes. Hoje a gente não pode ser heterossexual, querem porque querem que sejamos homossexuais. Casamento gay é querer demais. Quando dois homens gerarem um filho normalmente eu aceito o casamento entre eles”

De acordo com o Padre o homossexualismo tem sido gerado na mídia. “Diariamente a mídia faz isso. É uma imposição”

Gervásio disse que não fala sobre casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, pois não existe, “falem de união, mas casamento não”. Ele complementou que não está para julgar, mas para ajudar. “não podemos condenar ninguém”

Morte
O padre pediu que o Homem seja mais humilde, e afirmou que ninguém pode tirar a vida do outro, se referindo a eutanásia, que agiliza a morte dos doentes terminais.

Cajazeiras
Segundo o professor, a Igeja poderia ter cuidado da beatificação do Padre Rolim, que morreu com 99 anos, e todos que conheceram são testemunhos de sua “probidade”. “Cajazeiras nasceu da Igreja e é uma semente do Padre Rolim”.

Gervásio disse ainda, que não falou em mudança de nome de Cajazeiras para “Cachaceira”, mas foi uma forma de criticar a sociedade, pois os alcoolatras foram muito prestigiados na cidade. “Os nomes são semelhantes, mas quero muito bem a Cajazeiras”.

DIÁRIO DO SERTÃO

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