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VÍDEO: Filho de idoso morto por Calazar em Cajazeiras culpa médicos do hospital regional. Veja!

Segundo ele, se os cuidados com seu pai tivessem sido realizados com mais urgência e preocupação, o idoso poderia ter sobrevivido

Por Jocivan Pinheiro

15/04/2016 às 18h37 • atualizado em 15/04/2016 às 22h03

Na última quarta-feira, dia 13, foi registrada em Cajazeiras a primeira morte por Leishmaniose, popularmente conhecida como Calazar, em 2016. O aposentado José Bernardino Filho, de 59 anos, não resistiu à doença após passar vários dias internado no Hospital Regional de Cajazeiras (HRC).

José Bernardino, 1ª vítima fatal de Leishmaniose em Cajazeiras em 2016

José Bernardino, 59 anos, primeira vítima fatal de Leishmaniose em Cajazeiras em 2016

Jocerlano Soares Bernardino, que é filho da vítima, acha que houve negligência médica no HRC. Segundo ele, se os cuidados com seu pai tivessem sido realizados com mais urgência e preocupação, o idoso poderia ter sobrevivido.

Jocerlano conta que seu José Bernardino chegou a passar um dia no corredor do hospital apenas tomando soro, e que os médicos teriam tratado o caso com indiferença.

“Teve muitas coisas lá dentro que aconteceram que a gente ficou chateado, em relação aos médicos principalmente. O médico chegava para atender ele, perguntava o que ele estava sentindo e quando a gente estava tentando falar, o médico simplesmente pegava uma caneta, escrevia, saía e dava as costas. E ele cada vez mais se acabando.”

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Jocerlano Soares, filho da vítima

Jocerlano Soares, filho da vítima

O jovem reclama também do atendimento das enfermeiras do hospital. “A gente pedia mais exames, mais atenção para ele em relação à situação em que ele se encontrava, e nada era tomado em relação a isso. Muito pelo contrário. Às vezes as enfermeiras até agiam com ignorância, achando que a gente não tinha direito de perguntar.”

Ainda segundo Jocerlano, seu pai parecia estar sendo tratado como cobaia por alunos de Medicina e Enfermagem que fazem estágio no HRC.

“Eu acredito que o médico tem que dar um diagnóstico melhor. Tinha que dizer se era só aquela doença, se tinha mais doenças ou se era algum outro tipo de doença. A gente via que cada dia que passava ele estava cada vez pior. Os exames que fazia sempre não dava nada. Na minha opinião ele estava sendo usado como cobaia daqueles enfermeiros novos.”

HRC ainda vai se pronunciar
Em contato com a assessoria do Hospital Regional de Cajazeiras, nossa reportagem foi informada de que o hospital só vai se pronunciar após ver o conteúdo desta matéria e apurar o caso. Na noite desta sexta-feira (15), a assessoria emitiu uma nota à imprensa explicando o caso

Núcleo de Zoonoses diz que faz sua parte

Isabela Cartaxo, coordenadora do Núcleo de Zoonoses de Município de Cajazeiras

Isabela Cartaxo, coordenadora do Núcleo de Zoonoses

A coordenadora do Núcleo de Zoonoses do Município de Cajazeiras, Isabela Cartaxo, garante que o órgão está fazendo a sua parte na luta pelo controle da população de animais de rua e de doenças ligadas a eles.

Ela explica que quando há confirmação de caso de Leishmaniose, o HRC informa ao núcleo que, por sua vez, fica responsável pela coleta de sangue nos animais da região onde o caso aconteceu e pela pulverização de inseticida no local. Isabela acredita que a morte do seu José Bernardino foi causada por reação à medicação.

“O trabalho vem sendo feito, mesmo sem os casos estarem na mídia. O município está atento sempre. Em nenhum caso deixou de ser realizado o trabalho. Infelizmente ocorreu o óbito devido, com certeza, a uma reação adversa da medicação.”

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