Prefeitura de Santa Helena paga salários a médicos que não aparecem na cidade; confira

O médico Eduardo Medeiros, um dos investigados pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), por acúmulo ilegal de cargos recebe um salário integral do município de Santa Helena, na região de Cajazeiras, porém, admitiu que não consegue dar expediente na cidade.

Eduardo Medeiros deveria atender todos os dias na Unidade de Saúde da Família (USF), no município de Santa Helena, mas as investigações constataram que isso não acontece.

Em família
A Prefeitura de Santa Helena mantém ainda uma filha de Eduardo Medeiros, a médica Sonally Yasnara Medeiros na função de médica da Estratégia de Saúde da Família. De acordo com sua função, Sonally devia dar um expediente de 40 horas semanais, entretanto, os moradores da cidade informaram que a médica aparece apenas um dia por semana.   

Entenda o caso
Repercutiu na imprensa paraibana o caso do médico Eduardo Medeiros, que ocupa a cadeira de presidente da Câmara Municipal de Sousa e está sendo investigado por acumular cinco empregos, todos na área da saúde. Como presidente da Câmara, ele recebe mensalmente cerca de R$7 mil. A receita é complementada pelos contratos como médico.

O médico admitiu as irregularidades e tentou justificar a situação afirmando que não consegue cumprir a carga horária prevista nos contratos, por isso faz acordo com a direção das unidades hospitalares. Apesar disso, ele recebe o salário integralmente. Segundo Medeiros, outros médicos também possuem contratos desse tipo.

“Todos os médicos lá trabalham desse jeito. O que está no papel do contrato original é outra coisa. Se eu fosse seguir rigorosamente o que está na lei, eu ia viver de quê?”, comentou o médico.

A Procuradoria da República de Sousa investiga esse e outros casos de acúmulo irregular de cargos.

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