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Fernando Caldeira

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Denuncismo desenfreado: o desespero está no ar!

26/09/2014 às 18h51

É notório e público que os responsáveis pela divulgação da candidatura tucana ao Governo da Paraíba mudaram de tática. Se antes a fala era mansa, tranquila e pausada, como os que têm o domínio da situação, agora se grita agitado, como os que perderam a razão diante duma realidade que desconheciam. 

Em outras palavras, a mídia do candidato tucano o fez deixar o terreno do debate das ideias e das realizações para mergulhar no campo do denuncismo desenfreado, para usar um termo do professor Daniel Marques de Camargo, cujo artigo a respeito do tema, reproduzimos a seguir.

Agora, depois dos resultados das últimas pesquisas (6Sigma e Ibope), ao invés de se dizer o que se fez e o que se pretende fazer, a tática é o denuncismo barato e desavergonhado que calunia, injuria e difama. Denuncismo que não respeita nada nem ninguém! Muito menos a verdade, essa sim, a primeira e maior atingida desse comportamento desesperado de quem vê o castelo ruir.

A Paraíba e os paraibanos precisam ficar atentos para esse posicionamento desajustado já iniciado, porque por trás dele o que existe é tão somente interesse particular inconfessável daqueles que querem se aboletar do poder para dele servirem a si e aos seus. 

Como nos ensina o dicionário Aulete, denuncismo é a “publicação nos meios de comunicação de pretensos fatos ou ocorrências não apurados com o rigor da ética jornalística e que, ao provocarem escândalo e sensacionalismo, geralmente visam a atingir a reputação de um indivíduo, de um grupo ou mesmo dos poderes constituídos”. E como diz o professor Daniel Marques Camargo, “o denuncismo, normalmente, interessa mais aos culpados e agride os inocentes e a Justiça.”

Mestre em Ciência Jurídica, o citado professor  vai mais longe e afirmar que “o denuncismo não é só um subproduto do sensacionalismo infame (e cruel) do mau jornalismo. Denuncismo tem a ver com o nosso mundo pós-moderno, esse admirável mundo novo (Aldous Huxley), em que certos princípios éticos jazem derrotados. É nesse contexto que alguns tentam, muitas vezes com sucesso, subjugar, manipular, pressionar, achincalhar ou prejudicar o outro com representações, queixas, reclamações, ações, notificações e denúncias infundadas, sem lastro, inverídicas, abusivas e com o (injusto) intuito de satisfazer egoísticos interesses inconfessáveis, sem temer constranger, humilhar ou deturpar a imagem, a intimidade, a honra, a credibilidade, a profissão, os títulos, enfim, a dignidade alheia.

O denuncismo não é somente fruto da má-fé, da deslealdade, da improbidade, da falta de princípios, senso de Justiça e valores sólidos, mas também de uma suscetibilidade exagerada e manejada a esmo, que provém de pessoas que se apresentam com essa lamentável característica (e com lastimável assiduidade). Muitos existem que são extremamente sensíveis e atentos aos seus exclusivos interesses (alguns escusos), mas absolutamente indiferentes no que toca a um mínimo de respeito e consideração aos bens da vida alheios.”

Denuncismo desenfreado: o desespero está no ar!

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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