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Damião Fernandes

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Eleitores burros na Terra da Cultura!

21/09/2012 às 10h09

Conversar sobre política é uma das atividades que mais gosto – desde que não seja com partidários apaixonados e alienados. Por incrível que pareça, é sempre possível encontrar esses dois adjetivos numa única pessoa. A alienação enturvece o pensamento e a pessoa ficam temporariamente desprovidos de coerência linguística ou moral. Uma coisa é certa: você sempre encontrará por Cajazeiras – "A terra da Cultura" – um cidadão ou cidadã que se mostre incapaz de separar política de partidarismo, de separar a Politica como ciência de pensar e agir em vista do bem coletivo da política partidária que se caracteriza por um egocêntrico amor e uma paixão – sentimento alucinógeno e alienante das massas.

Você certamente encontrará pelas ruas dessa pólis, eleitores que conscientemente se corrompem e participam ativamente para a corrupção de Outros. É sobre esse grupo que eu gostaria de refletir e ajudar ao caro leitor e Eleitor a pensar um pouco.

Desde o dia 4 de junho de 2010, com a aprovação da Lei da Ficha Limpa, com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos e candidatas a cargos eletivos do país, percebemos que essa lei e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no país. No que diz respeito á fiscalização dos homens públicos julgados e condenados por corrupção e desvio de verbas públicas, estamos realmente protegidos e resguardados.Mas e quanto a tantos eleitores corruptos e corruptores? Quem poderá nos defender? E de inúmeros eleitores que de forma consciente estão atrelados a esquemas de corrupção e compra de votos e defendem de forma voraz candidatos julgados e condenados por instâncias jurídicas ou candidatos que simplesmente descumprem ordens judiciais?

Nestas eleições municipais, a partir do que estamos presenciando, está mais do que provado: Que toda essa estória que Cajazeiras é a “terra da cultura” ou a “Cidade que ensinou a Paraíba a ler” é mais uma mentira história que foi criada sei lá por quem, simplesmente para enobrecer a história da cidade. Essas expressões representam nada mais que aforismos despropositado e alienante das massas. O que vemos são cidadãos elitizados e corruptos – grandes e pequenos comerciantes, proprietários de Emissoras de Rádios, artistas, intelectuais, donos de site, blogueiros. Verdadeiros sanguessugas que se beneficiam de forma ilegal do poder público e justamente por isso engordam ainda mais fileiras dos corruptores e alienantes do Povo.

É claro, que não tenho a pretensão de resolver o grave problema da corrupção e mentira história em nossa cidade, apenas com esse simples texto. Isso para mim é evidente. O que pretendo é apenas provocar uma discussão e uma postura crítica com relação a tudo isso. Eleitores corruptos e corruptores, temos em todos os cantos desse planeta.

Mas em Cajazeiras essa é uma coisa atípica. Aqui a alienação do povo e a corrupção dos Gestores Públicos e de uma grande parcela de pequenos grandes empresários ganham requintes de uma justificativa racional e histórica: “Aqui é terra da cultura” ou ainda “ A cidade que ensinou a Paraíba a Ler”. Que cultura é essa? A terra da cultura que tem mais de 10.000 analfabetos? A terra da Cultura onde uma grande massa de pessoas correm atrás de um candidato provado juridicamente ser um ladrão dos cofres públicos? A terra da cultura onde o atual prefeito municipal retira gratificações – Aprovadas por Lei pelo Legislativo da cidade – de professores, quando mesmo por medida judicial ele não paga legalmente o piso?

E sobre a “Cidade que ensinou a Paraíba a Ler”?

Uma cidade que se diz ter ensinado a "Paraíba a Ler", mas é burra e analfabeta em muitos outros aspectos.
Você deve estar se perguntando: Mas não era sobre eleitores corruptos que ele se propôs a escrever? Ai então, caro Leitor e Eleitor: Você acha que nada disso tem haver com venda e compra de votos, quando estão envolvidos os destinos de um povo e de uma cidade? A corrupção eleitoral – de candidatos e eleitores – tem consequências inimagináveis e alcances infinitos, sobretudo a vida pessoal daqueles marginalizados da vida pensante e material dessa mesma ciadade.

Aqui em Cajazeiras, as mentiras históricas servem apenas para camuflar atitudes hipócritas e corruptas daqueles que se beneficiam da burrice alheira e do analfabetismo moral dos ignorantes: O Povo.

Damião Fernandes

Damião Fernandes

Damião Fernandes. Poeta. Escritor e Professor Universitário. Graduado em Filosofia. Pós Graduado em Filosofia da Educação. Mestre e Doutorando em Educação pela (UFPB). Autor do livro: COISAS COMUNS: o sagrado que abriga dentro. (Penalux, 2014).

Contato: [email protected]

Damião Fernandes

Damião Fernandes

Damião Fernandes. Poeta. Escritor e Professor Universitário. Graduado em Filosofia. Pós Graduado em Filosofia da Educação. Mestre e Doutorando em Educação pela (UFPB). Autor do livro: COISAS COMUNS: o sagrado que abriga dentro. (Penalux, 2014).

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