Vital lamenta Ditadura e afirma que sua família foi duplamente vitimada
O senador participou de uma sessão realizada no Plenário do Senado para lembrar os 50 anos da Ditadura.
No dia em que o Brasil lembra dos 50 anos da Ditadura Militar, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), conclamou os cidadãos a fazerem uma reflexão sobre os males que o regime ditatorial causou ao País, e se empenharem pelo pleno estabelecimento do exercício da democracia.
Vital que é o autor do Projeto de Resolução (PRS 7/2013) que criou a Medalha Ulysses Guimarães para homenagear pessoas ou instituições que se destacaram na promoção da cidadania e na luta pela democracia, enfatizou que o golpe de 1964 que instaurou a ditadura militar no Brasil, foi um retrocesso na vida política do país. O senador participou de uma sessão realizada no Plenário do Senado para lembrar os 50 anos da Ditadura.
Fazendo uma reflexão sobre o regime opressor, o senador peemedebista disse que a Ditadura Militar foi uma página negra da história do país, e que matou sonhos de centenas de brasileiros, mas não impediu os homens e mulheres de boa vontade de continuarem lutando pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A imagem do tanque nas ruas e do Exército impondo medo aos brasileiros, ainda está viva na memória do senador.
Vital lembrou que a sua família foi vítima duplamente atingida pelo regime ditatorial, o que lhe causou muito sofrimento. “No caso específico da minha família, fomos duplamente vitimados. Entre 16 de janeiro e 8 de fevereiro de 64, tivemos dois deputados federais cassados pelo AI5. Perderam o mandato o meu pai Antônio Vital do Rêgo, e o meu avô Pedro Gondim. Minhas recordações são muito duras desse período”, observou Vital do Rêgo, citando a sua mãe a deputada federal Nilda Gondim (PMDB-PB), e o peemedebista Veneziano Vital do Rêgo.
Voltando no tempo, o senador lembrou que sofreu muito com a ditadura que impôs medo a todos os cidadãos que sonhavam com dias melhores, a exemplo do seu pai Vital do Rêgo e do avô Pedro Gondim. Para o peemedebista, a parte mais cruel do golpe foi a tortura de milhares de pessoas e a morte de outras que lutaram por uma sociedade mais justa e igualitária. Ele lembrou ainda que o Golpe que fechou o Congresso Nacional por três vezes e manteve a imprensa sob a censura por vários anos, impediu muitos os brasileiros de pensarem, sob a égide da tortura e do medo.
“Minha infância foi muito marcada pela mão pesada da Ditadura Militar que impunha a segregação das camadas que lutavam pela democracia” recordou.
Para o senador da Paraíba, a Ditadura Militar apagou com uma geração inteira de homens públicos. Afinal, foram mais de 20 anos em que toda uma geração ficou perdida. Vital
O senador também fez menção as manifestações populares da época, destacando a luta das organizações populares que enfrentaram as forças que queriam impor a vontade política da época, inibindo assim, o avanço das reformas sonhadas pelo país.
Ele lembrou que na época, as manifestações estudantis estavam ganhando as ruas, e havia toda uma cultura nacional de democracia. “Havia uma cultura nacional de democracia que estamos retomando. Muitos na época, sofreram como nós” afirmou.
Assessoria
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