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VÍDEO: Presidente da OAB desabafa, diz que Cajazeiras não sabe se promover e ‘mostra’ projetos para isso

Para ele, potenciais econômicos da cidade estão em diversos setores, como religião, educação, cultura, comércio e símbolos. Mas, pouco se faz para aproveitá-los

Por Jocivan Pinheiro

22/08/2017 às 21h00 • atualizado em 22/08/2017 às 18h32

Um desabafo contundente do presidente da OAB de Cajazeiras, João de Deus Quirino Filho, marcou o debate em alusão aos 154 anos do município realizado pela TV Diário do Sertão no último domingo (20). Por telefone, o advogado externou toda a sua preocupação e indignação com o fato de os gestores públicos, as autoridades políticas e a sociedade civil organizada não saber aproveitar os potenciais econômicos da ‘terra que ensinou a Paraíba a ler’.

Para João de Deus, os potenciais econômicos da cidade estão em diversos setores, a exemplo da religião, da educação, da cultura, do comércio, dos símbolos históricos, entre outros. Porém, pouco ou nada se faz para aproveitá-los.

“Cajazeiras vende mal a sua imagem. Nós temos aqui grandes potenciais, mas vende muito mal a sua imagem. Tem esse jargão de que é a cidade que ensinou a Paraíba a ler, mas não tem algo que possa, além-fronteiras, vender melhor a sua imagem. Nós vamos viver somente dessa história de que Cajazeiras é a cidade que ensinou a Paraíba a ler?”, indagou.

+ Assista ao vídeo clipe com a mais nova música que homenageia a cidade de Cajazeiras nos seus 154 anos de emancipação

Advogado João de Deus Quirino Filho, presidente da OAB de Cajazeiras

Entre alguns projetos viáveis e de grande atrativo turístico, o advogado citou uma semana universitária, uma festa do cajá (fruto da árvore cajazeiras, que dá nome à cidade), uma festa da padroeira que seja a maior da região, bem como uma publicidade que atraia visitantes chamando atenção para fatos históricos marcantes, como, por exemplo, o de que Padre Cícero estudou em Cajazeiras.

Além esses eventos específicos, ele também alertou para a necessidade de cuidar melhor das praças e áreas de lazer públicas, intensificar a arborização e as áreas verdes dos loteamentos e melhorar a mobilidade urbana: “Cajazeiras precisa muito cuidar dessa questão dos seus loteamentos, das suas áreas, olhando sempre para frente”, frisou.

Antigo Colégio Diocesano Padre Rolim (hoje a FAFIC), onde estudou o Padre Cícero

Política baixa

Outra crítica do presidente das OAB local foi com elação à pouca força política da cidade em nível nacional. Segundo ele, essa falta de representatividade e de interesse ocasionou, por exemplo, a perda da 42ª Zona Eleitoral para a cidade de Itaporanga, bem como o fim do sonho de ter um novo fórum construído. Para João de Deus, o cajazeirense ainda está preso à mera política partidária, que ele chamou de “política baixa”.

“A gente tem que perder essa mania de estar olhando para baixo, de estar discutindo essa política baixa. Nós estamos a mais de um ano das eleições e só se discute nessa cidade quem é que vai ser candidato, quem é que vai apoiar quem, e nós não podemos perder mais tempo. Cajazeiras já perdeu muito tempo e tem que avançar, precisa avançar, mas ainda está onde está porque ela precisa um pouco mais dos nossos políticos, das nossas liderança.”

DIÁRIO DO SERTÃO

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