Que Cajazeiras seja eterna!
Por José Antonio
Feliz é o povo que pode celebrar suas efemérides. Mesmo vivendo este triste e difícil tempo de pandemia, mais uma vez os cajazeirenses se reúnem no Paço Municipal para ver a sua bandeira ser hasteada ao som de seu hino, executado pela Banda de Música Santa Cecília, para em seguida assistir missa e de joelhos dobrados, na nossa majestosa Catedral, receber as bênçãos de Nossa Senhora da Piedade e no período da tarde assistir a um desfile dos alunos da rede municipal, de forma virtual. Cajazeiras celebra 221 anos do nascimento de Padre Rolim, neste dia 22 de agosto.
Cajazeiras tem uma bela história, construída através de muitas lutas e com o suar dos rostos de seus filhos e os sonhos de outrora são hoje uma realidade. Ontem foi a escola do Padre Rolim, quem sabe amanhã não seja a Universidade do Sertão. Os sonhos de hoje, para alguns até impossíveis, com a garra do nosso povo, com amor, com a paixão que temos pela nossa terra querida haveremos de torná-los uma verdade, uma realidade. Basta citar o exemplo do curso de medicina, sonhado pelo médico João Izidro, que nós o conquistamos meio século depois.
Ah minha Cajazeiras querida, como eu gosto de pisar o seu solo sagrado, onde vivi a inocência da minha infância e os dourados sonhos de minha mocidade e hoje depois de ter os cabelos prateados orgulho-me de ter sido testemunha e protagonista de tantas conquistas.
Ah minha Cajazeiras querida, como eu gosto de contemplar a paisagem calma do teu açude grande. Açude grande, toalete da natureza transportando o céu para o chão. Açude grande, espelho cristalino onde às noites a lua derrama chuva de prata para enfeitar a cabeça dos nossos poetas e ao entardecer ver refletida nas suas águas o mais belo por do sol do mundo.
Cajazeiras sempre foi rebelde, sempre teve seus ideais de liberdade acima de qualquer coisa. Jamais aceitou a insubmissão. Vem do berço. Padre Rolim já havia libertado seus escravos, que herdara com a morte do pai, cinquenta anos antes da Princesa Isabel.
Na dimensão da minha sensibilidade e nos sinais de minha esperança que fluem da minha alma, volto à estrada da gratidão, com certeza a mais suave e sublime caminhada que um homem pode fazer ao coração de outro homem, com um gesto, do fundo da minha alma, quero agradecer a todos que contribuíram com o seu trabalho na construção desta amada e querida cidade, ao longo destes 221 anos de história.
“A vida me ensinou a esperança de que não há noites que sempre durem: mais ainda, é da escuridão mais fechada, das noites mais sombrias que se formam as madrugadas e surgem as auroras, com o alvorecer de novos sonhos e de novos dias” e nossa Cajazeiras tem vivido este tempo.
A cidade são as ruas e as praças, mas é, sobretudo a alma, a alma de um povo que torna uma cidade diferente e a alma do povo de Cajazeiras, que por ser tão bela por sua singularidade, tão calorosa por seu afeto, tão inigualável por seu carinho, tão acolhedora no abraçar, que hoje pomos os joelhos no chão para beijar este solo querido, como um filho beija a face de sua mãe, na celebração da vida, da felicidade e da eternidade.
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