Homem acusado de matar animal a pauladas no meio da rua é inocentado após laudo de veterinário. Veja!

O pecuarista Heleno Pereira, conhecido como Heleno Zacarias, de 56 anos, passou algumas horas detido na delegacia de Itaporanga, no Vale do Piancó, mas, depois de ser ouvido pelo delegado Cristiano Santana e assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), foi liberado. Heleno foi preso sob acusação de que teria matado a pauladas em via pública uma égua de sua propriedade.

Os supostos maus tratos contra a égua, que pariu recentemente, teriam ocorrido no final da manhã desta última sexta-feira (21), quando Heleno conduzia o animal para um roçado às margens do rio. Populares acionaram a PM depois que supostamente viram o animal sendo agredido e, em seguida, cair mortalmente.

As pessoas imaginaram que o animal teria morrido em função das pancadas e ficaram revoltadas, mas, na delegacia, o fato foi esclarecido. De acordo com um veterinário local, que assistiu ao animal na véspera e apresentou um laudo à polícia, a égua estava com uma doença chamada tétano e poderia morrer a qualquer momento, principalmente depois de algum esforço físico. Ele alertou sobre os riscos de contágio para humanos e outros animais que a destinação incorreta dos restos mortais do bicho pode ocasionar.

O veterinário assegurou que a causa da morte do equino não está relacionada às possíveis pancadas que ele tenha recebido, mas às graves lesões orgânicas provocadas pela doença. “Um homem sozinho, e com aquele pedaço de pau que eu vi lá, jamais conseguiria matar um animal daquele porte”, comentou o veterinário.

De acordo ainda com ele, o problema foi o deslocamento da égua. O especialista diz que a doença provoca contrações musculares e, ao ser forçado a andar, o animal pode morrer por asfixia. O próprio delegado analisou as fotos da besta e não percebeu nenhuma lesão em seu corpo.

Heleno disse que, já perdeu três animais em função da doença e que não procede a informação de que teria espancado violentamente a égua, por quem revelou nutrir um forte apego afetivo. O proprietário ainda está sujeito a prestar alguns esclarecimentos à Justiça.

DIÁRIO DO SERTÃO com Folha do Vali
 

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