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Projeto de produção integrada ao turismo apoiado pelo Cooperar se torna vitrine nacional

A Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade Chã do Jardim, na zona rural de Areia, promove neste domingo (27), a partir das 8h, a 1ª Ecotrilha Jardim no Parque Estadual Mata do Pau Ferro que terá um percurso de 5 km por uma área remanescente de Mata Atlântica de brejo de altitude. O evento […]

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25/07/2014 às 16h13

Destaque para artesanato da Paraíba

A Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade Chã do Jardim, na zona rural de Areia, promove neste domingo (27), a partir das 8h, a 1ª Ecotrilha Jardim no Parque Estadual Mata do Pau Ferro que terá um percurso de 5 km por uma área remanescente de Mata Atlântica de brejo de altitude. O evento contará com programação organizada especialmente para os adeptos da natureza com plantio de árvores, distribuição de material promocional e almoço com culinária regional.

A trilha pela Mata Atlântica faz parte de um projeto integrado denominado Produção Associada ao Turista que centraliza num mesmo espaço o Restaurante Vó Maria, uma loja de artesanato com produtos feitos da palha de bananeira e uma unidade de beneficiamento de frutas. Os negócios no local melhoraram com investimentos de R$ 62,6 mil do Projeto Cooperar e Banco Mundial, beneficiando 200 famílias. O objetivo é aumentar a produção de polpa de frutas de 2 para 15 toneladas mensais.

Com os recursos foi possível fazer a aquisição de uma câmara fria para armazenar a produção, um transporte que vem servindo de apoio à logística na distribuição da produção, além de material para escritório, vestimenta para os trabalhadores envolvidos na fabricação do produto, embalagens, rótulos e outros itens.

O grupo iniciou os negócios de forma tímida, com a abertura da unidade de beneficiamento de frutas, que depois foi fechada. Após a realização de um curso sobre cooperativismo, resolveu inovar com a realização da trilha ecológica e reabrir a produção de polpa de frutas.

A crescente demanda pelo turismo de aventura, ensejou a abertura da loja de artesanato, e por último, o restaurante que trabalha exclusivamente com a culinária regional preparada pelos próprios beneficiários, e onde o cardápio tem como base a produção orgânica da agricultura familiar, cultivada em suas propriedades. O funcionamento é de terça-feira a domingo, das 8h às 17h, com café da manhã, almoço e chá da tarde.

Mata e fauna – A trilha pela natureza varia de 1 a 10 km, e pode ser feita entre 8h e 17h, conforme agendamento pelo Facebook do grupo, ou através de telefones (9998.2597 e 8826.8208). Ao caminhar por um remanescente de Mata Atlântica, os aventureiros podem apreciar a diversidade da fauna, que tem pássaros raros, ameaçados de extinção, como a saíra-pintor ou pintor-verdadeiro, da espécie Tangara fastuosa, uma ave que atinge 13,5 centímetros de comprimento e tem o seu habitat nas porções remanescentes de Mata Atlântica no Nordeste. Dependendo do número de pessoas, a trilha pode ser acompanhada e monitorada por até 12 guias.

O pôr do sol no local também é um atrativo, além da apresentação de artistas da música regional.

A loja de artesanato, com produtos feitos a partir da folha da bananeira e produtos comestíveis da culinária regional, está de portas abertas no mesmo horário do restaurante. Já na unidade de beneficiamento de frutas, as pessoas também podem fazer comprar polpas em diversos sabores, tanto no atacado como no varejo.

Exemplo nacional – O projeto se tornou caso de sucesso e tem servido de vitrine nacional em palestras por todo o Brasil para mostrar como funciona um grupo empreendedor que se organizou e buscou explorar as potencialidades locais para melhorar a qualidade de vida.

A coordenadora da associação, Luciana Balbino, informou que no ano passado foi convidada para ministrar 20 palestras. Já tem o agendamento de 12 até o início de setembro. Na terça-feira (23), fez uma exposição sobre a experiência vivida pela comunidade em seminário de turismo rural na cidade goiana de Serranópolis.

Ela informou que o segredo do negócio se deu porque o grupo acreditou no que sabia fazer, na busca e manutenção das parcerias. “Também tivemos muita fé em Deus e no trabalho. Outra etapa fundamental foi o ciclo de mais de 20 cursos oferecidos ao grupo que moldou a nossa maneira de fazer aquilo que tínhamos vocação”, destacou.

Para o gestor do Projeto Cooperar, Roberto Vital, este é um modelo estratégico para o desenvolvimento sustentável que o órgão incentivará em todas as regiões da Paraíba, onde existam pessoas interessadas em se organizar para explorar as potencialidades locais.

O projeto também recebeu o apoio do Senar, Sebrae, Emater-PB e Governo Federal.

Da secom

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