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Nordeste é a região com mais casos de exploração sexual infantil

Polícia Federal recebeu mais de 25 mil ligações em cinco anos

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30/05/2011 às 23h57

A Polícia Federal recebeu mais de 25 mil denúncias de exploração sexual de crianças em cinco anos. Os dados mostram que a maior parte das denúncias é registrada na região Nordeste do país: 40%. Em seguida, vem a região Sudeste, com 30% dos casos. As capitais com maior número de denúncias são Salvador, Rio de Janeiro e Fortaleza.

Muitos motivos levam crianças para a prostituição, como dinheiro fácil, falta de oportunidade e falta de orientação. A Rede Record mapeou a prostituição no Brasil e trouxe imagens comoventes de meninas que começaram a se prostituir ainda na infância.

Em Belém (PA), a praça da República é ponto de prostituição de meninos e meninas durante o dia e a noite. No interior, em Breves, turistas são atraídos pela beleza natural do local, mas o local pobre também é cenário de prostituição de meninas menores de idade.

Ainda em Belém, um travesti começou a se prostituir aos 11 anos e conta que já fez um programa por uma pizza.

Em um local como esse, não é difícil encontrar famílias como a de uma mulher que foi entrevistada pela Rede Record. Com 37 anos e 12 filhos, ela não esconde a preocupação com a filha mais velha, de 18 anos. De acordo com a mãe, a filha começou a ir a um local conhecido como “beira”, que é o local onde os barcos param quando chegam à ilha, com apenas 14 anos.

Em Fortaleza (CE), uma menina de 12 anos faz um relato comovente sobre a mudança que a prostituição fez em sua vida.

– Eu não sou mais aquela menina como era antes, feliz, brincava. Eu não sinto felicidade.

Ela começou a se deixar explorar aos 11 anos. A jovem conta que começou a fazer programa porque a situação em sua casa ficou difícil depois que o pai morreu. De acordo com a criança, ela e a mãe passavam fome.

Para driblar a fiscalização em Fortaleza, as jovens fazem identidades falsas e, com isso, atraem mais clientes e podem circular em espaços proibidos para menores de idade, como motéis e boates.

Uma menina de 14 anos, que começou a se prostituir com 11, leva hoje uma vida de adulta: fez dois abortos e tem um filho. Questionada sobre o uso de camisinha, ela diz que as vezes não usa para não perder o cliente.

As meninas que se prostituem se expõem a diversas situações de perigo e todas se distanciam da escola.

Assista ao vídeo e veja a reportagem completa: 

  

  R7

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