Treinador do Brasil não descarta possibilidade do trio que está na Ásia ser selecionado
Ainda há esperança para que o trio permaneça entre os selecionados, garantiu Dunga
Dunga viu três das apostas recentes para a Seleção Brasileira se mudarem de mala e cuia para o outro lado do mundo. Éverton Ribeiro partiu para os Emirados Árabes Unidos, enquanto Diego Tardelli – que virou titular do Brasil no ataque – e Ricardo Goulart foram seduzidos pelos dólares da China. Mas o treinador, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net, garantiu que não fechou a porta para eles e tampouco vai deixar de acompanhá-los, apesar da distância e da pouca visibilidade dos campeonatos para onde foram. Ou seja, ainda há esperança para que o trio permaneça entre os selecionados. No entanto, a confirmação só virá no dia 3 de março, quando será divulgada a lista para os amistosos contra França e Chile.
Diego Tardelli, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro ainda estão nos planos, mesmo passando a jogar na Ásia?
DUNGA: Futebol hoje é globalizado. Não tem como você querer distinguir um lado de outro. O mercado muda repentinamente. Todos têm que esperar para ver como eles estarão na época da convocação.
Mas dá para observar? Mano Menezes era criticado por chamar jogadores do Shakhtar, da Ucrânia. Imagina agora com esses jogadores na Ásia…
DUNGA: Dá para observar. Antes ia todo mundo para a Rússia. Depois Ucrânia. Agora é China. É o mercado, é quem paga. E aí tem que acompanhar. Eu fui para o Japão e fiquei na Seleção. O futebol chinês está investindo muito. Teve uma ótima fase, com o Bora Milutinovic. Teve uma ascensão, depois caiu. Agora eles estão levando vários profissionais de vários países para ter escolas diferentes lá.
E os que ficaram aqui no Brasil? Já vai chamá-los normalmente no dia 3?
DUNGA: Tem que ver como vão estar os jogadores até lá. Lá pelo fim de fevereiro vamos começar a ter as definições.
Já está planejando o trabalho para a Copa América?
DUNGA: Além dos adversários serem complicados, vamos pegar os caras em fim de temporada. Nossos jogadores podem ter problemas de lesão. Tudo isso vai ter que ser levado em conta. Eles vão estar em ritmo de competição, e nós não. Vamos estar reaprendendo. Tudo isso conta.
E em relação aos adversários?
DUNGA: A Argentina sempre é favorita. O Chile vai jogar em casa. É uma competição difícil, complicada. Estamos estudando tudo, mas vamos ter que contar um pouco com a sorte para que os nossos jogadores se apresentem em boas condições. Vamos mais recuperar o jogador para colocá-lo. Tem que fazer os testes para ver como cada um vai se apresentar, e vamos fazer os testes em cima disso.
A Seleção ficará em Santiago, mas em qual CT?
DUNGA: Ainda não está definido. Vamos conversar, ver qual espaço vai estar disponível.
Você é defensor da privacidade nos treinos. Já decidiu como blindar mais a delegação na semana que vocês passarão na Granja Comary?
DUNGA: Como qualquer trabalhador, temos que ter o momento para trabalhar, uma certa privacidade, tranquilidade, sem dúvida. Já encaminhamos como queremos que funcione. Vimos o que aconteceu (na Copa), as coisas que podem melhorar, falamos com o pessoal que trabalha na Granja para tentarmos fazer com que as coisas sejam mais tranquilas.
Pretende aproveitar mais jogadores das categorias de base, até pela proximidade com a Olimpíada?
DUNGA: Isso depende do rendimento do jogador. Cada um tem uma função, e temos que respeitar. Eu observo. Se achar que tem que chamar alguém, chamamos. Mas depende muito mais do jogador do que do técnico.
Vê algum brasileiro largando como favorito na Libertadores?
DUNGA: É uma competição complicada. É um futebol diferente, o árbitro é diferente, jogar na casa do adversário é complicado. É muito cedo para definir.
MSN
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