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Governo programa ações para lembrar Dia Mundial Sem Tabaco

A programação prossegue na quinta-feira (31), no 1º Batalhão da Polícia Militar, localizado no Centro da cidade.

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28/05/2012 às 17h17

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) elaborou uma programação para o dia 31 de maio, quando será lembrado o Dia Mundial Sem Tabaco. Nesta terça-feira (29), das 8h30 às 12h, no Centro Administrativo, localizado em Jaguaribe, serão oferecidos serviços de verificação de pressão arterial e orientação sobre tabagismo, enquanto os centros de tratamento farão teste para detectar a dependência do fumante (Fagerston), além de orientações nutricionais e distribuição de material educativo.

A programação prossegue na quinta-feira (31), no 1º Batalhão da Polícia Militar, localizado no Centro da cidade, com uma palestra sobre tabagismo para os policiais militares, verificação da pressão arterial, distribuição do material educativo, avaliação utilizando o respirômetro (equipamento que verifica o grau do oxigênio do fumante), além da utilização do monoxímetro, que avalia o grau do monóxido de carbono no fumante.

Serviços – O Governo do Estado oferece uma rede de serviços para as pessoas que desejam deixar de fumar nos Centros de Tratamento do Tabagismo. No ano passado, esses centros atenderam 252% a mais de usuários do que em 2010. Foram 2,6 mil usuários em 2011, enquanto no ano anterior foram 738, conforme os dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Em toda a Paraíba, existem hoje implantados 37 Centros de Referência para Tratamento dos Fumantes, onde eles podem buscar apoio, de maneira gratuita, para se livrar do vício provocado pela nicotina. O serviço é oferecido em Unidades de Saúde da Família, em Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e Centros de Saúde. Em alguns casos, os pacientes abandonam o cigarro com menos de um mês de acompanhamento.

O tratamento nesses Centros acontece por meio de programa desenvolvido pelo Ministério da Saúde, que repassa medicamentos ao Estado. Este, por sua vez, é responsável pela qualificação das equipes, monitoramento dos trabalhos realizados nos Centros e pelo encaminhamento do material enviado pelo Ministério. Os municípios entram com a administração das unidades de saúde, que vão receber os pacientes.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES, Gerlane Carvalho de Oliveira, ao procurar um dos centros, o paciente é recebido por uma equipe multiprofissional, com médicos, psicólogos, enfermeiros, entre outros. "Eles passam, inicialmente, por uma avaliação clínica e começam a integrar um grupo composto, geralmente, por outros 15 fumantes, que também querem se livrar do vício”, explicou.

Com o grupo, o paciente participa de quatro sessões, nas quais os fumantes trocam informações e, sobretudo, recebem orientações sobre como controlar a ansiedade de fumar. "Por meio de uma avaliação médica, é verificado se o grau de dependência do paciente está tão avançado a ponto de ser necessário tratamento medicamentoso. Cada caso é diferente. Existem fumantes que, na terceira sessão, por exemplo, sem uso de medicação, conseguem abandonar o vício”, contou Gerlane.

O uso dos medicamentos acontece sob monitoramento da equipe do Centro. As recaídas são possíveis e, quando ocorrem, os dependentes voltam a ser acompanhados. "Mas, independentemente do trabalho do centro, o paciente precisa querer se livrar do vício para conseguir vencê-lo”, destacou a coordenadora. Em média, os centros formam um grupo a cada trimestre, mas em cidades maiores, como João Pessoa, esta frequência é bem maior.

Dados – Conforme estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), este ano, na Paraíba, deverão ser acometidas 240 pessoas pelo câncer de traqueia, brônquios e pulmão, órgãos diretamente afetados pelo consumo do tabaco. Segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), só neste ano, já foram registrados 16 óbitos por câncer de esôfago, laringe e pulmão na Paraíba.

Dados do Inca também apontam que a Paraíba possui 511.480 fumantes paraibanos e 99.720 deles (19,49% do total) estão em João Pessoa. Em todo o Estado, 2.560 pessoas morrem por ano em decorrência do uso do cigarro.

Os hospitais de referência no Estado no combate aos tipos de câncer relacionados ao uso do tabaco – pulmão, esôfago e laringe – são o Napoleão Laureano, Oncoclínica e Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa, e Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (Fap) e Hospital Universitário Alcides Carneiro (Huac), ambos em Campina Grande.

DIÁRIO DO SERTÃO com Secom

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