Após encontrar prefeitura com energia de cabaré, novo gestor enfrenta problemas com a água
A energia da cidade causa câncer nas pessoas e já atinge índices da doença maiores do que no Estado inteiro. A situação no município é muito grave.
O prefeito da cidade de Coremas, Antonio Lopes (PSDB), em entrevista ao Portal Diário do Sertão, nesta quinta-feira (24), disse que está encontrando muitas dificuldades, pois encontrou imensas irregularidades que envergonhou a população.
Entre muitos desmandos, o que foi destacado na imprensa paraibano foi o fato da prefeitura de Coremas está sem energia elétrica e receber o fornecimento desse serviço de um cabaré da localidade.
“Os prefeitos anteriores deixaram bombas para os atuais gestores, mas vou fazer minha parte”. Declarou o gestor.
De acordo com o novo gestor, já foi feita uma auditoria na prefeitura e serão encaminhados relatórios para o Ministério Público e para a Controladoria Geral da União (CGU), onde deverão tomar as medidas necessárias.
Causa doença
Antonio revelou que o índice de câncer na cidade de Coremas é maior do que o da Paraíba inteira e isso se deve a falta de tratamento da água. Como solução o gestor informou que levará a Cagepa para cidade ou construirá uma usina de tratamento de água para cidade, mas adiantou que os investimentos são muito altos e o município não dispõe de verbas.
Ouça o áudio!
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Entenda o caso
Duas semanas depois de tomar posse, Antônio Lopes (PSDB), novo prefeito da cidade de Coremas, ainda não teve o prazer de sentar-se na cadeira do gabinete de onde administrará a cidade pelos próximos quatro anos. De acordo com a assessoria do prefeito, o que impede Antonio é o fato dele ter encontrado a sede do poder municipal deteriorada, praticamente vazia e sem condições mínimas de trabalho.
Segundo informações do líder do prefeito na Câmara Municipal, Marquinhos de Lucrenato (PMDB), no gabinete do prefeito, há apenas uma cadeira rasgada e um birô quebrado e, embaixo dele, excreção humana. O parlamentar mirim disse ainda que, os computadores, aparelhos de ar-condicionado e móveis da Prefeitura desapareceram. “As paredes do prédio estão estouradas e até as tomadas elétricas danificadas, impossibilitando a ligação de qualquer equipamento”, disse ele.
O vereador Marquinhos fez também denuncias relacionadas a problemas nas finanças municipais. Segundo ele, são três milhões de dívidas com energia elétrica; 15 milhões de INSS e dois meses (novembro e dezembro) de salário atrasado dos professores, além de outros servidores efetivos e de todos os prestadores de serviço.
Enquanto a reforma da prefeitura não fica pronta, Antônio Lopes está atendendo em uma sala improvisada, e, quanto aos salários atrasados, o vereador garantiu que o novo prefeito vai pagar somente aos funcionários efetivos.
“A intenção da Prefeitura é pagar novembro este mês junto com o salário de janeiro e botar os serviços básicos de saúde para funcionar”, afirmou Marquinhos.
Flávio José especial para o DIÁRIO DO SERTÃO
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