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Você acorda com muita remela nos olhos? Isso pode indicar problemas de saúde. Entenda!

Ao acordar pela manhã, muita gente percebe um muco branco ou amarelado nos cantos internos dos olhos – popularmente conhecido como ‘remela’. Até aí, tudo bem. Remela nada mais é do que sobra de lágrima carregada de poeira e gordura que se cristalizou durante o período em que a pessoa permaneceu de olhos fechados. Mas […]

Por Campelo Sousa

14/05/2018 às 10h40

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Ao acordar pela manhã, muita gente percebe um muco branco ou amarelado nos cantos internos dos olhos – popularmente conhecido como ‘remela’. Até aí, tudo bem. Remela nada mais é do que sobra de lágrima carregada de poeira e gordura que se cristalizou durante o período em que a pessoa permaneceu de olhos fechados. Mas quando esse muco é produzido em quantidade acima do normal, principalmente se vem acompanhado de outros sintomas, como vermelhidão nos olhos, é preciso ficar atento.

De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos (SP), a produção excessiva de secreção pode estar associada a um quadro de conjuntivite ou síndrome do olho seco, entre outras doenças oculares.

Independentemente da causa, o médico adverte que a primeira medida é evitar ao máximo ficar colocando a mão nos olhos para retirar remela, até porque eventualmente as mãos podem não estar completamente limpas e agravar ainda mais o quadro. Nesse sentido, além de lavar bem os olhos durante o banho, é possível usar uma quantidade mínima de xampu neutro para crianças e lavar os olhos ao longo do dia, com o auxílio de um disco de algodão embebido em água gelada.

“A infecção ocular geralmente se apresenta através dos seguintes sintomas: vermelhidão dos olhos, excesso de lágrimas/remelas, dor ou sensação de queimação, além de inflamação ao redor dos olhos. Caso seja diagnosticada uma conjuntivite, é importante saber que se trata de uma condição altamente contagiosa e pode ser causada por alergia, bactéria ou vírus. Só um oftalmologista poderá identificar o tipo da doença e indicar o melhor tratamento. De todo modo, lavar as mãos com maior frequência é uma dica importante, bem como evitar compartilhar objetos de uso comum, como toalhas de mão/rosto, fronhas e travesseiros”, diz Neves.

O médico afirma que, nesta época do ano, da mesma forma que o paciente pode vir a sentir congestão nasal, dor de garganta e tosse, pode também perceber que a conjuntiva está ficando irritada.

“Se o quadro de conjuntivite surge na sequência de uma gripe ou resfriado, é quase certo que é do tipo viral e vai passar em uma ou duas semanas sem necessidade de antibióticos. Já a conjuntivite provocada por bactéria apresenta um quadro mais sério. Neste caso, colírios antibióticos devem ser prescritos o quanto antes, a fim de conter o avanço da doença. Também é importante alertar para os riscos da automedicação – que pode elevar as chances de complicações”.

Já se o excesso de remela ocorre em função da síndrome do olho seco, muito comum em quem passa horas diante de um computador ou qualquer outra tecnologia (telefone celular, videogame, televisão etc.), é importante adotar medidas para aumentar a produção de lágrimas.

“O paciente deve se condicionar a piscar mais frequentemente. Em média, as pessoas piscam entre 14 e 18 vezes por minuto. O piscar promove uma limpeza de toda sujeira e oleosidade depositada na superfície dos olhos e os mantém hidratados. O problema é que, com a diminuição das piscadas, vêm o ressecamento dos olhos e a irritação desencadeada pelo acúmulo de sujeira. Uma boa ideia é recorrer a aplicativos de celular que alertam para a necessidade de piscar, ou ainda se programar para fazer pausas a cada 60 minutos e piscar durante 20 segundos”, recomenda o especialista.

Renato Neves também adverte sobre outro vilão do olho saudável: o vento. “Quem está enfrentando esse problema deve evitar vento no rosto. Seja do ventilador, seja do ar-condicionado, o vento resseca a superfície dos olhos mais do que o normal. Até mesmo o vento do secador de cabelo não é saudável para os olhos, porque compromete toda a sua lubrificação – lembrando que, além de limpar e manter os olhos lubrificados, as lágrimas têm também anticorpos e proteínas de defesa que são muito importantes no combate a bactérias oportunistas. Sendo assim, quem vai sair num dia de muito vento deve, no mínimo, estar bem protegido com óculos de sol”.

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