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José Antonio

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E os amigos deixam saudades

18/04/2021 às 23h20

Coluna de José Antonio.

Por José Antonio

Esta semana perdi dois grandes amigos: um ligado à educação, professor Martinho Queiroga Salgado, que o conheci desde os tempos em que exercia o sacerdócio, ligado à Diocese de Cajazeiras, onde se impunha por suas brilhantes homilias.
Quando fui diretor do Campus V, da ainda UFPB, que tinha como reitor o professor Berilo Ramos Borba, por mais de uma vez, ele exercendo assessoria à reitoria, sempre que dele precisei, de pronto se dispunha a me ajudar no encaminhamento das soluções da nossa gestão (1981/1984).

Nas solenidades da universidade sempre era convidado a “usar da palavra” e tinha uma facilidade imensa de lidar com as palavras e dava gosto ouvi-lo, além de uma exuberante gesticulação que ajudava na compreensão do que queria transmitir.

Foi diretor do Campus de Sousa e do Campus de Pombal, quando de sua implantação, tendo feito avanços para a consolidação de ambas as unidades de ensino da UFPB/UFCG.
Gostava muito de política e seu campo de atuação era a sua querida cidade de Pombal, terra que ele exaltava e se tornou seu vice-prefeito. Nos embates políticos sempre se fez presente defendendo as suas lutas, principalmente para a consolidação do Campus de Pombal. Salgado deixa um grande legado.

Outra grande amiga que agora é só saudade, Anita Caitano, era uma pessoa do nosso ambiente familiar. Fazia parte da família e era comadre de meus pais e a eles tinha uma dedicação muito especial, mas especial mesmo.

Quando nos tempos idos ter um diploma de Datilógrafo era algo muito importante e se fazia até uma festa para recebê-lo, foi na Escola Janduí Carneiro, que ao concluir este curso a minha madrinha foi Anita Caitano, que ao meu lado, vestido a rigor com uma gravata borboleta de laço preto, estava ela trajando um belíssimo vestido e com seu encantador sorriso, ao meu lado.

Quando minha mãe faleceu, em 24 de maio de 2015, veio de João Pessoa, para acompanhar até a sua derradeira morada, sua grande amiga e comadre Mãezinha. Havia uma cumplicidade muito grande entre as duas, mas minha mãe sempre foi sua maior conselheira, desde os tempos em que moravam no Distrito de Engenheiro Avidos. Só nunca atendeu o seu pedido para deixar de fumar.

A relação de meu pai, Arcanjo Albuquerque, com Anita era mais politica. Trabalhou, votou e pediu votos para elegê-la vereadora, já que meu pai seguia a orientação política partidária de seu pai, José Caitano do Nascimento, que além de ser um grande líder do Distrito de Engenheiro Avidos, sempre do lado da oposição, tinha também a fama de homem valente e destemido. Era um cidadão respeitado e honrado no município de Cajazeiras.

São muitas as histórias de Anita ligadas a minha família. Muitas e algumas delas cheias de amor, de amizade, carinho e cumplicidade.

Anita costumava “brechar” pelo buraco da fechadura o meu namoro, com a cearense, Lucineide Ximenes de Prado, que era sua hospede quando vinha para a cidade de Cajazeiras.

Ah Anita! Vais deixar muitas saudades, até dos nomes “feios” que costumavas chamar os teus amigos.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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